De Eredan.

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Sommaire

Ato 3 : Iluminação Fascinante

Iluminação Fascinante

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A natureza cobria o túmulo dos antigos com uma densa vegetação. Ele tinha obedecido aqueles nascidos da terra e das árvores. A fúria com que os coração de seiva tinham entrado no conflito pôs fim à paz que o lugar costumava ter. As vinhas que cobriram completamente a pedra que caiu do céu pareciam como um fluxo de sangue pulsando na batida de um coração invisível. A Esfinge com uma fúria divina tentou cortar as raízes que o capturaram, mas estas eram muito fortes. Para piorar, dois enormes Hom’Chais estavam perigosamente vindo em sua direção.

Felizmente para o Guardião do Templo Kararine deu-lhe uma mão. Furtiva e ágil como uma pantera, ela libertou seu companheiro nômade. Este último decidiu retirar-se para ter tempo para encontrar uma solução para Iolmarek, sobre esta forte resistência. O chefe dos nômades do deserto teve muito trabalho defendendo-se dos ataques mágicos de Keizan e Xamã dos Espirítos. A magia dos dois Dais era poderosa, mas a fé de Iolmarek e seus acólitos era um muro contra o qual seus adversários desabavan. Um pouco mais longe, os restos do acampamento dos Noz'Dingard serviram como uma moldura de um estranho encontro.

Melissandre estava discutindo com Valentin, o cavaleiro dragão.

- Você vive em uma força que Keizan identificou como equivalente à Árvore-Mundo. Você deve entender que esta pedra não é boa para a nossa terra e que irá danificá-la.

Valentin acordou no começo da manhã quando os coração de seiva lançaram sua ofensiva. Muito rapidamente em pé de guerra ele tinha observado as escaramuças, fazendo sua conta, pelos seus olhos dracônicos, de uma situação bastante complexa e explosiva. Então, mais tarde a jovem Elfine tinha se apresentado a ele por razões que ele não entendia.

- Nós falamos ao Dragão e apelo à sua sabedoria. Eu falo por Keizan pedindo a ajuda de seu povo. Ele deve sentir os efeitos da perversão que a pedra gera.

Valentin coçou a barba, muito confuso. Ele não era um mágo, dessa forma ele não sabia muito sobre o que eles estavam tentando explicar. Ele havia sido enviado para lá para esperar os outros membros retornarem de sua missão.

- Eu sou um dos Cavaleiros do Dragão, tudo o que eu sei, ele também sabe, porque estamos conectados.

Naquele momento o Dragão decidiu falar. O aspecto físico de Valentin mudou, sua aparência tornou-se de um híbrido humano/dragão.

- Eu ouvi o chamado da Árvore-Mundo, Elfine. O mal está escondido dos olhos de todos e dos meus enviados.

Melissandre sentiu-se um pouco decepcionada com esta resposta.

- Mas Valentin irá apoiá-la e usar seu conhecimento para ajudá-la. Vou mandar você para os outros aliados quando chegar a hora. - Então Valentin voltou ao seu aspecto normal.

- Bem, parece que eu deveria colocar-me sob o seu comando.

Um pouco mais tarde, com o auxílio fortuito do velho cavaleiro dragão os nômades estavam em uma posição muito deplorável. Haviam vários feridos nas fileiras dos fiéis de Sol’ra. Mas, felizmente para eles, eles não estavam sozinhos. Eles lutavam por um ideal e um poder superior que excedia a sua condição. A pedra que caiu do céu, ainda cercada por videiras, lançou uma nova música. O velho sacerdote ouviu e entendeu como se fossem vozes celestiais. "Chame sua serva. Ela sozinha pode puxar isto fora ".

- Ela?

Malika, que estava ao lado do sacerdote, tomou a batina de Iolmarek.

- Quem é ela? Seja mais claro! - Mas o clérigo não ouviu mais nada.

Então ele pegou uma lamparina e a esfregou. Em seguida, uma criatura azul saiu.

- Sim, meu senhor, posso conceder um de seus desejos?

- Eu uso o meu segundo desejo, gênio. Eu quero Djamena aqui imediatamente.

- Que isso seja feito de acordo com sua vontade, mestre.

O Gênio fechou os olhos e uma aura dourada apareceu em torno dele. Então veio um brilho cegando todos na área. Quando eles recuperaram a vista, lá ao seu lado havia uma jovem mulher com trajes brancos característicos dos iniciados ao Deus Sol’ra. A jovem tinha sinais visíveis de estar envergonhada pelo que tinha ocorrido e lançava olhares por aí com um certo pânico. Então, olhando os inquisidores que tinham salvado seu pai de um destino incerto, ela entendeu a música. A doce voz foi dirigida somente a ela.

"Djamena, acorde! Chegou a hora de você se tornar a pessoa que você era antes. Ouça-me, Djamena " A jovem não se mexeu, mas havia algo nela, então ela se transformou. Uma lança apareceu na sua mão, e então ela voou, para cima em direção à pedra. Após alguns segundos, as vinhas ao redor dela se quebraram, caíram e eventualmente tornaram-se areia. A jóia brilhava intensamente mais uma vez. A seus pés, Djamena tinha mudado. Ela havia ganhado asas, e seu cabelo flutuando no vento tinha virado quase branco. Todos os nômades perceberam que um novo soloriano tinha acabado de fazer a sua aparência e isso significava que a batalha não foi perdida ainda. Agora, o solo ao redor da pedra estava rachado, e uma força divina violenta tinha que trabalhar. Ahlem sentiu que Sol’ra olhava e julgava suas ações. As teurgias de cura foram invocadas, chamando todos os nômades para uma nova rodada.

O contra-ataque foi lançado pela Esfinge, em um rugido, saltou em cima de Marca-Vermelha quase decapitando o Hom’chai, felizmente Valentin o resgatou, empurrando o gigante para o corpo de um leão. Djamena, em seguida, interveio.

- Você irá ser julgado, eu sou o braço de Deus e você é um inseto que vou esmagar! - Ela disse com raiva.

Mal ela proferiu estas palavras, o céu começou a escurecer.

- Senhor, nossos atos seguintes não são dignos de seus olhos. Que o Eclipse cubra seus olhos e dê-nos o favor divino com a luz negra.

A Garra tinha deslizado através dos restos de lianas e árvores e estava prestes a atacar a jovem nômade quando ela foi imobilizada. Era como se ela tivesse se agarrado ao chão. Iolmarek avançou para ela rindo ironicamente. Sua aparência havia mudado, suas roupas e sua atitude viraram negras.

- Eclipse, meu lindo Eclipse, nós temos uma Fera! - Depois, com ambas as mãos, ele agarrou a Garra pelo pescoço e levantou-a.

- Seus pecados são muitos, infiel! Sua alma é minha para sempre.

Ele bateu sua mão direita sobre a cabeça da Guemelite então, como se ele tivesse pego algo invisível, ele o puxou com toda sua força. A forma fantasmagórica saiu dela. Sua alma deixou o seu corpo. Seu coração parou de bater e os braços pararam de balançar. Keizan assistiu à cena sem poder fazer nada... [Traduzido por Wanderson Farias]

Aos Confins

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A tumba dos Ancestrais estava em chamas. A pedra que havia caído do céu queimou tudo, destruiu o acampamento de NozDingard e Kotoba. Os Corações de Seiva e Valentin, O cavaleiro do dragão, tinham recuado no território de Eltarite. Eles logo foram acompanhados por outros que testemunharam a batalha e queriam aprender mais. Os Nomadês do Deserto agora detinham a tumba dos Ancestrais, energizada pela pedra e pelo Eclipse que ocorreu logo após o aparecimento do seu novo Lutador. Estes fanáticos haviam estabelecido a meta de derrotar as criaturas da natureza.

Keizan segurava nos braços o corpo sem vida da Garra, tristeza e cansaço eram visíveis nos rostos dos Eltarians. Esse momento foi tão importante, que foi uma das raras ocasiões em que muitos estrangeiros foram aceitos nas terras ancestrais, que normalmente é escondida. Então, houve membros da Kotoba,Enviados de Noz'Dingard, lutadores Zil e até mesmo dos piratas, os recém-chegados estavam lutando neste momento.

O vento passava pelo meio das árvores, Keizan coloca no chão o corpo sem vida de sua filha adotiva. Seu ela tivesse um coração, ele estaria quebrado em mil pedaços, porque a dor é muito grande. Os outros membros do Coração de Seiva começaram o ritual de canto para os mortos, uma melodia triste e melancólica. Os Dais, com muito amor, invocaram um feitiço antigo para voltarem a terra, raízes emergiram da terra e cercaram A Garra. Então lentamente tudo foi sugado pelo solo.

Durante isto, Valentin estava pensando, falando com o Dragão .

- Meu senhor, você viu através dos meus olhos tudo que aconteceu. O que você vai fazer a respeito? Esses Nomadês parecem perigosos assim como aqueles que são fiéis ao Vazio.

- Cavaleiro, você terá que agir sem confrontá-los diretamente, pelo menos por agora. Tem uma pessoa que pode achar a solução. Ele está na floresta, mas ele está preso.

- Eu vou até essa pessoa?

- Sim, ele é nescessário. Alguns dos enviados não devem demorar para chegar lá.

- Eu irei obedecer.

Quando a música acabou, Valentin foi se encontrar com Keizan.

- Desculpe incomodá-lo em um momento doloroso como esse. Mas pesso um favor.

Keizan balançou a cabeça e Valentin ouviu uma voz em sua cabeça. "Sim, enviado do Dragão."

- Obviamente alguém deste lugar deve ter a solução para acabar com os poderes dos Nomadês.

- Quem?

- Uma pessoa que você aprisionou.

O Dais que ficou com a face pálida, depois de ouvir isto,sem boca, balançou a cabeça.

- A pessoa que você mencionou precisa ser punida pelo seus atos.

- Não irei ignorar sua opnião, mas posso falar com ele?

- Eu suspeito que uma presença maior que você, mostrou aquela pessoa para você.

- O Dragão acha que aquele prisioneiro é muito importante, e a sua ajuda é essencial.

Depois de longa hesitação, Keizan aceitou orientar o cavaleiro dragão para o local onde a pessoa estava presa por muitos anos, no coração da selva. Durante dois dias eles viajaram por trilhas, Valentin ficou surpreso, ao ver tantos lugares incomuns e maravilhoso, apesar de, durante anos, ter viajado o mundo inteiro. Eles finalmente chegaram onde anteriormente a Árvore-mundo dominava o mundo. Não havia nada além de um tronco sem vida, mas era território de Keizan. Em volta de algumas árvores grandes, cercadas por arbustos, estava o prisioneiro perigoso.

- Eu autorizo você a falar, mas seja cuidadoso com suas palavras, meu irmão é vingativo.

- Seu irmão? Bom... Ele tem um nome?

- Hoje nós o chamamos de Caminhante da Seiva, você vai entender o porque do apelido.

A vegetação se moveu e deixou o caminho livre para um grande bloco de âmbar. Dentro estava confinado um Dais alto ,cujo lado esquerdo estava cheio de pedaços de pedras verdes brilhantes. Keizan passou a mão sobre o Caminhante da Seiva, dando-lhe o poder de perceber o mundo ao seu redor. Imediatamente ele sentiu uma onda de tristeza. Ele entendeu os eventos que aconteceram, e tudo o que levou à morte da Garra. A raiva foi muito rápida, muito rápida!

- Isso é aonde tudo leva! O tempo de falar acabou, me liberte!

- Não, você sabe que isso é impossível. - Valentin ficou surpreso com a voz do Caminhante da Seiva, que era forte e limpa.

- E você guemelite, você não sente a lenta destruição do nosso mundo? - Ele diz ao Cavaleiro Dragão.

- Sei que temos um adversário difícil e você tem uma solução para o nosso propósito.

- Você tem que me deixar sair, eu não posso ficar imóvel, paralisado, neste lugar, enquanto Eltarites morre!

- A Garra sabia o risco! - Keizan respondeu vigorosamente.

- Sim, claro, mas você, você a deixou morrer. Então, qual de nós deve estar neste bloco de âmbar, meu irmão?

- Mas você sabe, ou não, um meio para lidar com esses nômades do deserto? - O Guemelite dragão falou no meio dos dois irmãos.

- Sim, eu sei. - Disse o Caminhante da Seiva , que foi se acalmando.

- Agora diz-nos o que você sabe irmão.

-Eu te disse, eu vou ter de sair desta prisão, porque tenho de levar algumas pessoas para um lugar.

Keizan ouve o pranto dos Eltarianos, ele sente o vento, que muda e o perigo espreita perto de sua casa.

Os Dais sabiam que esse momento chegaria algum dia, mas se O Caminhante da Seiva realmente tem a solução ,ele deve deixar seus sentimentos de lado, e dar lugar à razão. E se algum dia ele se tornar instável, O Caminhante da Seiva será levado de volta para sua prisão, onde ele deve passar toda eternidade.

- Bem, eu libero você. Mas um passo em falso, e você volta aqui.

Keizan em seguida, bateu no chão com sua bengala, coberta de musgos e folhas. Uma onda de energia mágica foi para o bloco de âmbar, que foi reduzido até que o prisioneiro pôde finalmente se mexer. Ele se esticou e, então, avançou ao mesmo tempo que seu irmão.

- Eu mantenho a minha palavra, eu vou ajudar da melhor maneira possível.

Vários dias depois, na borda da floresta uma cidade de tendas foi feita, uma combinação de todas as guildas. Arc-Kadia, o navio pirata tinha ancorado um pouco mais tarde em uma clareira. Eles trocaram de pontos de vista sobre o que estava acontecendo, e pararam de falar quando Keizan, Valentin e O caminhante da Seiva apareceram. Eles formaram um grande círculo em torno do Caminhante da Seiva, e ele virou olhando para cada um deles.

- A guerra é em cima de nós. Aqueles do deserto servem a um deus que não pode ser parado.

Entre a multidão havia muitos sussurros.

- Aqueles que são capazes de evitar a animosidade que sentem para os outros, será um apoio sem precedentes para a batalha pela frente. Venham comigo, alguns de vocês podem resolver o nosso problema principal, a pedra caída do céu.

- E onde você pretende ir? - Perguntou Malyss o mago Kotoba.

- Para os confins... - respondeu o Caminhante da Seiva.

Mais uma vez os rumores foram feitos na reunião, o nome "Confins" parece causar um monte de perguntas, algumas por medo, outras por curiosidade.

- Eu sei uma maneira de nos levar até lá. Não vou negar que é muito arriscado, mas qual é o risco em relação ao perigo que enfrentamos? Quaisquer voluntários? Um membro de cada guilda parece ser uma boa escolha.

Ergue imediatamente se adiantou.

- Eu sempre quis ir lá.

Então Malyss em seguida, Moira e finalmente, depois de muita discussão e dado o interesse de encontrar algo valioso, Gemineye que era o representante dos piratas. Enquanto isso o Dragão ofereceu sua ajuda. Graças a Valentin um dos enviados de NozDingard, um portal é aberto entre o local onde eles estavam e o salão de recepção do grande palácio de NozDingard, evitando um longo caminho, no outro lado do portal estava Draconia, em relação à sua posição atual. Eles foram recebidos pelo Kounok, O Profeta.

- Bem-vindos. Draconia está disponível para dar o alimento da expedição e alguns materiais para que eles possam cumprir melhor esta tarefa. Eu vou encontrar um lugar para vocês passarem a noite, na fronteira do Baranthe.

- Obrigado Profeta.

Uma semana depois, o grupo de aventureiros chegaram na fronteira. Nas proximidades dos confins, havia uma névoa. Esta localização particular, era uma barreira, escondida atrás do túmulo, onde o vazio foi preso há 70 anos atrás. Este nevoeiro mágico era um ponto de passagem entre dois continentes, e dos confins da Terra popularmente chamado de Guem. Aconteceu, por vezes, que algumas pessoas de um lado ou do outro, vem atravessar para o outro continente, às vezes inadvertidamente, às vezes após uma longa busca.

- Nós aqui na beira dos Confins, na neblina, podemos tentar entrar, mas talvez nunca mais poderemos sair.

Eles pediram ao Caminhante da Seiva.

- Eu tenho ouvido falar deste lugar. Tem certeza que quer ir lá? Poderosas magias invadem a área, eu posso sentir a sensação. - Malyss disse estando muito preocupado.

- Esta é a magia que nos permite atravessar.

Então Todos foram amarrados uns aos outros. Ao mesmo tempo, movidos pela curiosidade, e ansiedade,sobre o desconhecido, correram para o nevoeiro. Eles não podiam ver nada além de seus narizes e a confiança foi substituída pelo cuidado. Logo, o chão se abria sobre os seus pés e cinzas apareceram, tornando a respiração difícil e a visão dolorosa. Uma hora se passou, e em torno deles, mesmo sem poderem ver, a paisagem começou a se tornar caótica. Cristais de muitas cores emergiram de todos os lugares, tornando a sua caminhada lenta e perigosa. Passaram por desvíos incríveis, mas aos poucos o nevoeiro vai diminuindo e desaparece nas cinzas. Quando tudo à sua volta esclarece, obviamente, eles já não estavam em Guem, mas do outro lado do mundo, com um cenário incrível.

- Parece com as ilhas brancas! Mas é enorme! - Gemineye exclamou.

Todo mundo ficou fascinado com a descoberta desta parte do mundo. Não perdiam de vista as centenas de ilhas que flutuavam da terra para o céu. Depois de uma rápida olhada para baixo eles podiam ver a superfície do planeta. Aqui estamos nós. Nossa jornada apenas começou, e nossa missão tem muita chance de se concretizar. Vamos Partir em busca de uma lendária criatura que sempre existiu na Terra de Guem "O Come-Pedras"... [Traduzido por Pkdor]

Revolta

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Trechos do diário de Al Kilicrew.

[...] Encontramos um objeto estranho na ilha de capitão Hic, presumimos que pertencia a ele, foi magicamente protegido, felizmente, Bragan conhecia essa magia sem ele, teríamos terminado com nossa bunda na água. [... ]

[...] O objeto era na verdade um farol perdido. Quando nos aproximamos da área notei que os símbolos do mapa apareceram no metal. Gemineye passou várias horas com este enigma, não percebendo o que era. Foi Klementine que resolveu o enigma quando eu fui passar as soluções para o resto da tripulação. Era um truque de piratas, uma bola de pólvora, pólvora deve ser colocada sobre o objeto, e em seguida, novamente, uma vez feito, deslize-o em pergaminho. Ele deve começar um com suporte de um símbolo em forma de cruz que está no campo, em pergaminho, então desliza a área sozinha, desenhando uma forma. É muito difícil para explicar tão bem. Tendo feito isso, tivemos lá no pergaminho um totalmente estranho. [...]

[...] Eu tenho uma dor de cabeça incrível, devo dizer que foi usado de bom modo o nosso achado. Sobrepondo o mapa de Capitão Hic ao pergaminho com uma linha como ponto de partida onde tinha encontrado a área era uma excelente ideia. Seguindo a linha grossa que percorre os pontos e fazendo-os corresponder a certas indicações, este mostrou-nos o lugar para onde ir. [...]

[...] Ao fazer uma inspeção, onde esperávamos encontrar o próximo pedaço do quebra-cabeça, nos reunimos com um obstáculo de um tamanho maior, uma ausência de vento. Estamos no meio do nada, tanto os lemes, e máquinas, não respondem mais. Nossa única esperança é a Klementine para descobrir como resolver isso. [...]

[...] Tem sido vários dias desde que Arc-Kadia estava imóvel no ar como uma carcaça encalhada. Eu não entendo o que está acontecendo aqui, estamos exatamente onde o mapa indica, eu estava errada? Em qualquer caso, é o que alguns marinheiros parecem pensar assim que eles começaram a falar uns com os outros. Eu ouvi a conversa entre Poukos e Gemineye, parece que eu não sou uma capitã muito boa como eu pensava. Eu acompanhei atentamente este processo, esta atitude por minha amiga me surpreendeu. [...]

[...] Motim! Foi tão repentino, eu duvido que isso seja normal. Um dos tripulantes quer me entregar, sob o pretexto de não ter protegido e não antecipar isso. Esses covardes capturaram Klementine e Bragan que são fieis a mim. Tal como para que eles saibam que o Arc vai voar através do ar. Para a minha perna de pau! O que te levou a fazer isso? Será que eles acham que o navio irá de repente recuperar o movimento assim que se livrar de mim? Na verdade eu tenho a impressão de que eles estão ficando loucos.

[...] Quanto mais o tempo passa a situação piora. Eu tenho que recuperar o navio, não tenho outra escolha, eu precisava de klementine para ela reativar nut. Com esta vantagem será fácil tirar o resto. Por um longo tempo desde que tive a oportunidade de voltar a usar minha pistolespada teria preferido que ele estivesse em melhor condição, que assim seja. [...]

[...] Consegui. Armada terá uma dor de cabeça por algum tempo, mas eu queria. Eu sabia que essa menina não era muito inteligente, ela ameaçou nos explodir. O que me fez levá-la a bordo? [...]Klementine me disse que os rebeldes estavam se comportando de forma estranha. [...] Fomos para reativar nut, eles vão ver agora quando eu sumir com eles.

[...] A longa batalha teve lugar. Ele danificou o meu belo navio, eu os farei pagar-me toda essa merda para esses selvagens! Bons resultados, todos os amotinados são neutralizados, sem qualquer morte. Ele roncava, eu não sabia Klementine também foi inteligente. Ela fez uma espécie de luvas ao mesmo tempo mágica e mecânica. Nut atingido, e muitos Klementine fazendo exatamente o mesmo gesto! [...] Eu questionei o que essa escória estava fazendo, mas eles dão respostas evasivas e não sabiam o que aconteceu. Após reflexão, a relação entre o quebra-cabeça e tudo isto foi quase límpida. Bragan em seguida, confirmou que ainda era algo mágico para trabalhar. [...]

[...] Aconteceu de novo uma coisa estranha, o fantasma do Capitão Hic apareceu no convés, um homem bastante bonito para essa matéria. Isso me fez perceber que eu era digno de continuar a corrida ao tesouro. Em qualquer caso, mesmo sem o seu consentimento eu teria continuado. [...] Quando o barco se recuperou novamente continuei

a avançar, e onde o capitão hic ficava, lá estava, um livro vermelho de cobre fechado por um cadeado em forma de boca de um demônio apareceu. Na capa se lia o título: diário do Capitão Hic.

[...] Eu li o diário do capitão Hic, podemos dizer que ele passou por incríveis aventuras. Observo neste particular, a escritura era difícil de decifrar: "Meus ossos estão quebrados. Meu navio desembarcou no meio de um lugar incrível, há bolhas em toda parte. Como a morte tende a mim seu manto de desgraça, o seu tempo para eu começar a magia da herança. Se você ler estas linhas é que você é meu herdeiro, mas cuidado porque .... "Infelizmente, ele pára por aí. A nova mancha brilhante no mapa, partimos, eu não posso esperar para ver o que ele detinha... [Traduzido por Xoyru]

Salvamento

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Marlok olhava-se em um dos muitos espelhos do banheiro. Há muito tempo, desde a última vez, que tinha se visto dessa maneira.

- Já tens cabelo grisalho, velho. - Dizia a si mesmo em voz alta. - Já é hora de voltar para casa.

Aerouant que estava a um passo da porta sacudiu a cabeça, convencido que este homem tinha enlouquecido. Afinal, Marlok não fazia parte dos Guerreiros Zil?

- Marlok! Os outros estão nos esperando a tempo! Você pode se apressar?

O tom de Aerouant demonstrava o seu humor, como a sua vó, não gostava dele e não hesitou em deixá-lo saber.

- Pequeno, a pressa não é uma boa conselheira, e tão pouco o rancor.

- Não me chames assim! Você sabe bem que apesar de sua relativa liberdade, não é mais que um condenado.

- Você tem razão de estar zangado comigo, mas se teu tio me libertou é porque sou um dos poucos que podem desatar esta bolsa de nós e resolver o problema “Zil”.

Os dois homens foram então até o portão norte de Noz’Dingard, onde esperavam alguns dos Enviados e o novo Profeta, a única ausente era Anryena. Possivelmente teria coisas a contar a seu pai? Kounok tomou a palavra.

- Alishk, Aerouant e Pilkim irão contigo até a Tumba dos Ancestrais, e ali voltarás a se encontrar com os Zils. Outros Enviados não estarão longe e te prestarão assistência se for necessário.

Então ele se virou para Zahal.

- Aqui está uma carta para Angélica que está em Kastel Draken. Vá a ela sem demora cavaleiro dragão.

Zahal pegou a carta sem ao menos olhar para o Profeta, ainda envergonhado de suas últimas ações. Cumprimentou as tropas e partiu.

- Conjuntamente com esta missão, reintegro Marlok ao seio dos Enviados. - Disse o Profeta.

Alguns se espantaram e Aerouant fez uma careta de reprovação. Mas ninguém disse uma única palavra porque a ordem do Profeta não deve ser discutida.

- A sombra estende sua mão sobre o mundo, e a nós compete morde-la até que sangre! Cuidem-se e lembrem-se dos ensinamentos que receberam. A magia de Nehant é muito poderosa, sorrateira e pode ceifar a vida num “piscar de olhos”.

Enquanto ele falava, uma pequena tropa chegou da cidade. Tratava-se de Naya e algumas de suas “Lâminas Místicas”.

- Profeta, minhas “Lâminas” e eu acompanharemos seus homens.

A maneira que Naya havia se dirigido ao Profeta estava beirando a falta de respeito e seu tom autoritário demonstrava seu estado de animo e pensamento, vingaria aquele com quem compartilhou sua vida por um tempo. Kounok encarou aquela que foi a companheira de seu irmão durante muitos anos e que também é mãe de Aerouant. O profeta ouviu a voz do Dragão “Deixe-a ir, ela clama vingança e quer proteger seu filho, será uma vantagem”.

- Seja bem vinda nesta expedição, vocês já devem conhecer o perigo, mas seus olhos brilham de raiva, seus corações batem com força e vocês desejam vingar meu irmão. Sejam pois os dentes do Dragão e mordam, mordam profundamente!

Assim Naya, a comandante das Lâminas Místicas junto com Anazra, Eglantyne e Moira se uniram a expedição.

A viagem durou alguns dias. Marlock aproveitou este tempo para explicar seu plano a todo mundo. Para desfazer o laço que existia entre os Guerreiros Zil e o Nehantista, era necessário que os magos participassem de um ritual. Este ritual atrairia aos malvados, tão certo como as fezes atraem as moscas. Instantaneamente atacarão. As Lâminas Místicas serão as protetoras do ritual, o tempo necessário para completá-lo e liberar os Zils. Enquanto isso os outros devem estar escondidos. Montarão um acampamento a uma distância razoável dos Zil.

Marlok colocou suas velhas roupas com as cores dos Zils.

- Amanhã ao meio dia, comecem o ritual. Isto me dará tempo de reunir àqueles que estão sob a influência do Nehantista.

Então, tirou de uma bolsa um braço do que foi seu golem, e que depois de um encantamento, tornou-se parte integrante de seu próprio braço. Então olhou para Aerouant e Pilkim.

- Devem conhecer o feitiço “Laço revelado”, não?

- Teoricamente.. - respondeu Aerouant. - Mas jamais o lancei.

- Sei fazê-lo... - disse Pilkim com uma voz tímida. O jovem mago lembrou-se de seu primeiro encontro com Marlok.

- Nesse caso, comece lançando sobre mim, e é necessário que cada um de vocês possam ver os laços.

- Com que finalidade? Perguntou Moira estimulada pela curiosidade.

- O “Laço revelado” permite ver a linha mágica que vincula uma pessoa com sua pedra-coração, se este tiver uma. É um feitiço inventado pelo próprio Eredan. Quando amanhã nos enfrentarmos com este Nehantista, isto nos permitirá ver quem é o manipulador e, se for o caso, saber se um de nós esta sob a influência do inimigo. Isso não deve acontecer porque nossas pedras-coração estão vinculadas ao Dragão, mas nunca se sabe.

Moira sacudiu a cabeça, indicando que havia entendido.

- Bem é hora de trabalhar.

Marlok tirou de uma bolsa duas pedras do mesmo tamanho e do mesmo aspecto, de cor vermelha opaca e com manchas negras. Ele as deu, uma para Aerouant e outra para Pilkim que entrou em êxtase.

- Jaspe! É muito rara, onde as conseguiu?

A Jaspe era uma pedra rara com propriedades mágicas incríveis e servia em numerosos feitiços e rituais.

- Este é meu pequeno segredo. - Respondeu Marlok com uma “piscadela”. - Coloque!

Pilkim se mostrou um pouco decepcionado, mas segurava orgulhosamente a pedra, sentindo seu poder.

Os dois jovens magos se colocaram a direita e a esquerda de Marlok e o ritual começou. Recorreram a seus conhecimentos de cristalomância e se concentraram sobre as pedras de Jaspe que levitaram por cima deles.

- Que o invisível torne-se visível! - Gritaram juntos os ritualistas.

Em seguida Marlok sentiu o efeito mágico, sua visão tornou-se ligeiramente avermelhado. Piscou repetidamente para se adaptar. Olhou para seus companheiros e viu que laços mais ou menos espessos saiam deles, indo até Noz’Dingard.

- Bem, isto funciona. Vocês tem muita facilidade. Naya, conto com você, amanhã ao meio dia.

A dama acenou afirmativamente.

- Vá agora, o tempo está correndo.

O mago não se deteve mais e foi ao encontro dos Guerreiros Zil.

A tenda roxa e preta estava quieta, só se ouvia uma doce música tocada por Kriss. Diante da entrada Desfigurado, meio adormecido, fazia a guarda. Marlok se aproximou a uma distância razoável e para evitar a menor confusão limpou a garganta. O Hom’Chaï engasgou com a surpresa.

- Quem está ai? - Trovejou com sua voz grossa, segurando firmemente sua espada gigante de duas mãos.

- Sou eu, Marlok!

- Marlok? Você não tinha sido capturado?

- Sim, mas consegui escapar.

Visivelmente contente de vê-lo de novo, Desfigurado soltou sua arma e apertou em seus braços o mago que realmente aparentava um ar fraco em comparação com a massa de músculos do Hom’Chaï.

- Eu também estou contente de vê-lo, e... e ... Pode me soltar.

Percebendo o que ele estava fazendo e de como poderia terminar, o Hom’Chaï afrouxou seus braços. Então, chamou aos demais.

- Olhem quem esta de volta! - Gritou para a tenda.

Em seguida, uma cabeça surgiu na abertura da tenda, era a Sanguinária, ela também apertou o mago em seus braços, em seguida, os membros da guilda foram saindo. Marlok percebeu que todos estavam vinculados ao Nehantista. Os finos filamentos saiam deles e iam em direção ao horizonte. Por fim Abyssien pôs sua mão sobre o ombro de Marlok.

- Bem vindo, deves ter uma infinidade de coisas para nos contar, certo?

- Amanhã de manhã se possível, marchei o dia todo hoje, estou exausto.

- Sim, sim, te compreendo. Você tem seu lugar entre nós, entre já.

O resto da tarde foi bastante alegre no seio dos Guerreiros Zil. Improvisaram para o retorno de um dos seus um espetáculo onde cada um se expressava livremente.

“Estas pessoas merecem ser salvas” dizia a si mesmo. “Podem ser uma vantagem importante no conflito que se aproxima”.

A noite avançava e o sono se abateu sobre eles.

No dia seguinte, o sol estava escondido atrás de umas nuvens escuras, como um presságio antes de uma batalha de resultado incerto. Marlok contou então como haviam lhe capturado, jogado na prisão, e o trato que havia feito para poder sair. Mas o trato foi tudo mentira para poder sair e ninguém ali esperava que fosse diferente. Ao meio dia todos os Zils estavam presentes na tenda. Era o momento adequado, Marlok passou pela porta e deu a volta na tenda abandonando cristais no chão. Sanguinária encontrou um dos cristais. Marlok foi imediatamente em direção a ela. Viu que o laço que a ligava ao Nehantista tornou-se mais forte. “Tomou o controle imediatamente!”. Marlok saltou sobre ela e tomou a pedra de suas mãos. Sanguinária pôs-se a insultá-lo. Agora todos os Zils o olhavam, Abyssien se adiantou perguntando o que estava acontecendo.

Mas era tarde demais, o ritual já tinha começado. O mago lançou uma bolha de proteção, nada mais podia entrar ou sair da tenda. Do lado de fora Alishk, Aerouant e Pilkim tinham seguido as recomendações da Lâminas Místicas e se aproximaram discretamente. Exibiram toda a sua arte e seguiram ao pé da letra o plano de Marlok. Se posicionaram para formar um triângulo ao redor da tenda e invocaram a vontade do Dragão. Cristais de grande tamanho emergiram do solo. Dentro da tenda, Marlok resistia a Sanguinária que sucumbiu a fúria. O laço entre o Nehantista e ela era forte, sua vontade estava anulada. Os demais se deram conta da situação quando a cúpula se formou. Alguns tentaram sair sem êxito. Desfigurado decidiu ajudar a sua fiel amiga e lançou-se sobre o mago. Abyssien por sua parte começou a entender, ouvia as súplicas dos Enviados que estavam do lado de fora. O chefe dos Zils sempre foi muito receptivo a magia e compreendia instintivamente os feitiços que via.

- É um ritual de isolamento de Guem! Sanguinária e Desfigurado, basta já!

Mas nenhum dos dois escutou a ordem. Em contra parte, o laço do Desfigurado se reforçou, tornando-o incontrolável. Marlok apenas teve tempo de lançar um segundo escudo de proteção ao redor de si. Sanguinária e Desfigurado batiam com uma força sobre-humana na parede mágica.

- Abyssien! - Gritou Marlok. - Um Nehantista os controla! Possui suas pedras-coração.

Uma memória, bem vaga e distante veio à superfície de seus pensamentos, o dia da visita de um desconhecido. Não estava presente aquele dia, mas haviam lhe contado essa história e então a relação ficou evidente. Tudo ficou claro, o assassinato do Profeta, a traição de certos membros, a saída de seu chefe...

Abyssien decidiu atuar, a magia da sombra estalou de seus dedos e ele colocou duas bolas negras em seus pés. Ao contato com o solo se transformaram em discos de sombras, em seguida, em cilindros que aprisionaram aos infelizes possuídos.

Do lado de fora a situação estava mudando rapidamente. Os magos estavam prestes a terminar o ritual quando o céu se escureceu completamente, como se a noite tivesse sido convidada para a festa. Naya desembainhou sua espada e foi imitada pelas outras Lâminas. Silhuetas humanoides avançavam em sua direção, logo se tornaram mais precisas e definidas. Tratava-se de uma dezena de pessoas, mal tratadas, estavam vestidas como simples viajantes ou camponeses, armados com foices, paus e punhais.

- Isto é tudo que você tem? - Exclamou Eglantyne. - Nos subestima!

- Desconfie irmã minha, a perfídia do Nehantista não tem limites. - Disse uma irmã que estava por perto.

Os possuídos avançaram sem escutar as advertências lançadas pelos Enviados de Noz’Dingard, deixando-os sem outra saída a não ser atacar. Reforçados pelos poderes sombrios, os agressores eram uma força a se considerar, mas não o suficiente para matar os guardas que protegiam os magos. Quando Anazra ia matar o último possuído, uma forma se jogou sobre ela. Felizmente, a jovem mulher foi ajudada por Naya, bem a tempo de evitar as lâminas que teriam a rasgado e provavelmente a matado. Imediatamente Moïra reconheceu a figura. Telendar! O jovem homem havia mudado muito, já não se via seu rosto, estava submerso na magia da escuridão. Grandes lâminas saíram de suas mangas.

- VOCÊ!!! - Naya se enfureceu, tinha em sua frente o assassino do Profeta. Deixou explodir toda a sua raiva. Asas de cristal cresceram em suas costas. A luta seria incrível.

No interior, Abyssien ajudava a manter imóveis os Guerreiros Zil sob a influência do Nehantista. Nesse momento, Marlok sentiu uma presença familiar, sufocante e poderosa. O Nehantista estava ali.

- Marlok, meu pequeno Marlok, eu possuía esperanças de que você poderia se juntar a mim... Você não gostaria de descobrir a verdade?

O desconhecido estava ali, não muito longe deles, o mago não acreditava em seus olhos, havia dezenas e dezenas de laços que chegavam entre os quais se encontrava um de uma espessura incrível, um laço privilegiado. “Volte”, disse ele.

- E você Abyssien, decepcionado com a sua aposentadoria?

Abyssien percebia a força da pessoa a sua frente, mas devia encontrar um plano. Na realidade o Nehantista já atuava, sentindo a presença de uma pedra-coração não corrompida, a de Abyssien. Ambos os oponentes se estudavam, o Nehantista foi o primeiro que atuou. A pedra-coração do chefe dos Zil saiu de um dos bolsos de sua jaqueta e voou rapidamente em direção ao desconhecido. Este o capturou, a pedra tornou-se negra rapidamente. Marlok se lançou sobre seu adversário ao mesmo tempo em que sua mão se transformava em uma lâmina de cristal azul. Abyssien pôs-se a gritar, seu espírito foi atacado por uma vontade poderosa, como uma mosca esmagada por uma bota.

Marlok golpeou a mão do Nehantista que soltou a pedra-coração de Abyssien que caiu no solo, quebrando o feitiço neantista. O desconhecido então desapareceu. Do lado de fora a situação tinha evoluído, a Sombra havia se unido a batalha, tornando mais difícil a defesa do ritual. As Lâminas Místicas colocavam em prática toda sua arte, apoiada por Naya extremamente enfurecida. Agora uma armadura de cristal na forma de uma cabeça de dragão a protegia. Ali, no meio dos combates, o Nehantista apareceu não muito longe de Telendar. Vendo ao recém-chegado as Lâminas Místicas reagruparam-se perto de sua comandante para juntas fazerem uma frente comum. Estavam em menor número, mas foram determinadas a não recuar, incentivadas pela presença do Dragão.

- Naya, o que é isso? Você será uma corrompida adorável. - Ironizou o desconhecido.

- Engula suas palavras, Nehantista!

Nesse momento as armas das Lâminas Místicas começaram a brilhar com uma luz branca e brilhante.

- Somos as guardiãs da justiça e justiça será feita hoje! - Gritou.

Enquanto isso acontecia, o ritual foi completado. Os cristais se desagregaram e viraram pó. Pilkim, Aerouant e Ashlik caíram no solo, sua missão estava completa, os Guerreiros Zil foram livres com sucesso. Nehantista proferiu uma blasfêmia.

Dentro da cúpula, Marlok cortou o laço que unia os Zil com o Nehantista. Faltava apenas a última parte do plano. Saiu da tenda rapidamente, viu o confronto entre as Lâminas e o Nehantista. “Ele prepara algo” pensou. Ele mau tinha acabado de pensar e uma forma apareceu ao lado de Eglantyne. A Lâmina Mística não teve tempo de reagir e caiu com as costas arranhadas pelas unhas de uma criatura de pele negra. A rixa continuou crescendo, dessa vez cada um lutava pela sua sobrevivência. Marlok lançou seus últimos cristais ao redor de Eglantyne com a finalidade de protegê-la. Naya recorreu a seus poderes e fez retroceder Telendar e Sombra. Sua pele irradiava uma cor azulada, fintava e combatia como uma tigresa que desferia golpe após golpe. Moira e Anazra que a acompanhavam fizeram o mesmo e uma dança mortal foi realizada diante dos olhos de Marlok. Por sua vez, o Nehantista assumiu a defensiva e iniciou uma conjuração que convocou uma magia negra. Uma pedra-coração Nehantica apareceu diante dele formando assim uma proteção impenetrável.

- Vamos ver como se saem dessa sem a ajuda do Dragão!

O desconhecido liberou toda a força acumulada, criando um círculo de magia negra que tocou a todos os presentes. Mas o efeito esperado não se produziu. Os laços entre os Enviados e o Dragão sempre estiveram ativos. Marlok também se espantou da mesma forma que o Nehantista, e este último franziu a testa.

- Surpreso com o que aconteceu?

A voz era de Aerouant, vacilante e debilitado, que se aproximou de Marlok.

- Olhe. Disse mostrando uma pedra azul esculpida em forma de cabeça de dragão. Esta era a pedra-coração do profeta, meu pai!

- Uma pedra-guardiã? - Perguntou Marlok.

- Exatamente. - Disse o jovem homem concentrando seu poder mágico na pedra.

A pedra azul se pulverizou na mão do jovem mago e virou pó. O desconhecido rosnou.

- Não tem problema, agora que a sua pedra esta destruída, vou começar o encantamento de novo!

Aerouant não o deixou terminar sua frase, concentrou o resto de toda sua força mágica.

- A cristalomância é a nossa especialidade, olhe e aprenda!

Ele abriu os braços para formar um “T”, a magia estourou num raio que foi em direção da pedra neântica. Sua escuridão desapareceu de uma só vez. Marlok aproveitou esta oportunidade para lançar um feitiço. Suas mãos chiaram e relâmpagos brotaram. O desconhecido se protegeu, e logo revidou. Um duelo mágico se seguiu. Suas magias entraram em choque com força e o solo ao redor rachou como se não suportasse mais o peso dos magos. Marlok alternava entre feitiços defensivos e ofensivos. Nenhum dos dois tinha a vantagem. Pelo menos até a intervenção de Naya. Não vendo o golpe vir, a espada de luz da Lâmina Mística atingiu o Nehantista que vacilou e caiu ferido de joelhos.

- Renda-se! - Gritou a comandante em tom ameaçador. Seus servos estão derrotados, você está sozinho.

O desconhecido levantou a cabeça para suas inimigas e riu ironicamente.

- Tudo isto estava previsto, você progrediu. Mas sei que hoje você não tem as qualidades requeridas. Meus criados como você diz são minha porta de saída. Adeus!

Logo, desapareceu deixando só alguns vestígios de sangue no lugar onde estava... [Traduzido por Dmadeiro]

Festividades

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O Imperador ainda estava doente, confinado em seu quarto no Palácio de Méragi. As pessoas oravam para que seu soberano tivesse sua saúde de volta, para trazê-los de volta a luz celestial. Nas ruas, os moradores estavam ocupados para preparar uma grande festa, não em homenagem ao Imperador, mas para celebrar o ano novo, o 106º desde a criação do Império Xzia.

Eu sou Kaori, o encarregado de ensinar os nossos costumes aos estrangeiros como você. Alguns deles vocês realmente precisam saber. E atrás de nós estão às ruas da capital imperial, observem o que está acontecendo.

Na praça principal da capital, uma companhia de teatro se apresenta em frente de uma multidão densa e disciplinada, uma peça que lembra a glória de Xzia que fundou o Império, que marcou o início do calendário imperial. Toda a história é contada como um conto épico e heróico. O público aplaude admirado por um show que durante os dias normais está fora de alcance, só para as tropas, e que muitas vezes são pagos pelos senhores ricos que têm os meios para pagar esses luxos. É uma ocasião para a família imperial para fazer uma caridade para o seu povo, e o Imperador atual sempre foi bom e correto.

Ao anoitecer, todos os Méragis vão para as ruas. As luzes de lanternas iluminam a cidade, que é inundada pela música. Em todos os lugares, pequenos grupos se reúnem em torno de músicos e dançarinos. Todos podem participar, porque nada impede que eles festejem até tarde e todas as penalidades são negadas. Em frente ao palácio imperial, ocorre o torneio tradicional de Ano Novo, onde os moradores corajosos podem testar o seu valor. Iro, o campeão do Imperador faz a arbitragem dos combates e permite que os aldeões se enfrentem em um jogo amigável de espadas de madeira. Foi Goshiun, um desconhecido transportador de água que, graças às suas habilidades, ganhou o título e foi coroado campeão do ano do coelho.

No norte da cidade, durante a noite preparou-se o grande evento do Ano Novo. A grande maioria dos xziaritas são supersticiosos, raramente deixam de participar. Para esta ocasião o "Kamizono" o jardim dedicado ao "kami", tinha sido adornado com muitas decorações para a imagem do coelho, estava escuro. O jardim era localizado no sopé do morro, no topo do qual foi construído o templo mais antigo e mais importante de Méragi. A tradição obrigava a tomar a estrada que leva ao templo, a partir do "Kamizono" com a imagem de Kami, o último guardião do ano.

Uma vez levada, enquanto o Império levanta os olhos e fixava-os na figura, o mesmo era queimado e o Kami sai de sua forma física e retorna para o mundo espiritual. Uma vez que este ritual é completo, voltam no mesmo caminho, mas em direção oposta levando a efígie do kami do ano novo do Império. O caminho até o templo passa por vários "torii", uma espécie de portas por onde passam os espíritos para alcançar o mundo terrestre.

Há muitos outros costumes observados pelos Xziaritas, mas os potes de solo são uma singularidade desta civilização. Durante os dois dias que precederam o Dia do Ano Novo, as famílias Xziaritas fazem panelas de barro. Então, todo mundo escreve os desejos a serem concedidos pelo protetor Kami. Em seguida, estes vasos são colocados no jardim, em frente da porta ou pode ser colocada em frente de um templo, sem se esquecer de colocar os alimentos no interior. Os Xziaritas devem escolher um prato que se adapte a Kami, por exemplo, colocar carne sobre os vasos seria uma grave ofensa para "Usagi no Kami", o espírito protetor do novo ano. Mas se é apropriado o kami aceita a oferta, então um desejo será concedido este ano. Assim, algumas pessoas de sorte podem desfrutar de favores do além.

Bem... Espero que a viagem lhes tenha sido interessante. Há muitas outras maravilhas para ver em Méragi, mas se lembrem de uma coisa, existem alguns lugares nos quais não se deve ir sozinho.

Para além desta aparente paz de espírito neste momento de celebração no Império, as maquinações e intrigas sempre continuaram.

Oogoe Kage tinha trabalhado durante meses preparando um golpe que daria ao clã do Corvo uma posição importante dentro do governo, certamente sua vítima não foi ninguém menos que um dos conselheiros mais próximos do Imperador, e do ministro das Finanças, Gozou Zhan. A noite caíra sobre Méragi. Na noite seguinte aconteceria a festa nas ruas da cidade. Em uma rica roupa roxa, Sr. Gozou, cuja esposa estava viajando no norte do Império, permitiu-se passar tempo na companhia de uma jovem mulher. Não suspeitou sequer por um momento que esta mulher tinha sido paga por outra pessoa para passar a noite com ele.

Uma coisa era certa, iria lembrar este momento pelo resto de seus dias. Já era tarde. Gozou tinha aproveitado o melhor momento de prazer carnal, bebeu em excesso. Esse modo de agir não era comum, mas devido à puta que sabia como envolver, combinado com o álcool que ajudou o conselheiro a ser levado. Estava deitado sob um cobertor, roncando alegremente. Ele acordou com um sobressalto, náuseas, imediatamente após conseguir andar, ele foi a uma bacia contendo água e salpicou o seu rosto. Lá, ele sentiu um odor característico peculiar. Ele esfregou os olhos e se aproximou de uma lanterna.

Sangue! Ela estava coberta. Seu coração batia freneticamente. Em seguida, ele pulou quando alguém bateu à porta com força.

- Em nome do Imperador, Senhor Zhan abra a porta!

O pobre homem não sabia onde estava. Mancando, ele foi até a porta e abriu-a. Havia cinco soldados das Forças Armadas Imperiais.

- Desculpe incomodá-lo Senhor Zhan, ouvimos gritos vindos da casa.

- O quê? Tudo isso deve ser um erro, ele gaguejou.

Por causa das luzes da noite, o jovem capitão viu as roupas manchadas de sangue do Senhor Zhan. Ele desembainhou sua espada e observou o conselheiro.

- Você, vai ver o que aconteceu lá dentro.

Os soldados foram ver e encontraram o corpo mutilado da garota. No chão havia sangue, bem como garrafas vazias de bebidas alcoólicas, não muito longe da cama do Senhor Zhan foi encontrada sua katana. O pobre homem não entendeu nada, mas foi levado para passar o resto da noite na cadeia, acusado de um assassinato do qual ele não conseguia lembrar de ter cometido.

Lá fora, uma sombra deslizou em um beco sombrio. Oogoe, envolto em um casaco de penas pretas, estava esperando.

- Karasu? Está feito? Será que serviu o Corvo decentemente?

- Sim, meu primo. O plano funcionou como o esperado, ninguém vai ver o truque, parece muito real.

- Bem, o capitão terá a sua recompensa. Quando é hora de me assegurar que não há ninguém disponível para verificar nada.

- Em uma semana, você será o novo assessor financeiro do Imperador.

- Um ano que vai ser colocado sob o signo do Corvo e não o coelho, então deixe as festividades começarem! Oogoe brincou... [Traduzido por Henrique Dickel]

Acordo de Paz

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A calma voltou ao acampamento dos guerreiros Zil. Os Neantistas saíram, ou fugiram, como Marlok afirmou. Ofuscados, os membros da guilda de Abyssien recuperaram a consciência, liberta do jugo do mago negro. Da mesma forma, os Enviados estavam se recuperando do combate. Eglantyne havia sido atingida por um ataque traiçoeiro, Aerouant usou boa parte de seus recursos mágicos. A batalha terminou, mas foi só o primeiro assalto, o futuro nos reserva muito mais e Abyssien sabia disso. Pouco antes do anoitecer a grande tenda de preto e roxo alojou todos para falar sobre o que aconteceu e o que iria acontecer.

- Estes Neantistas não irão parar por aí, Abyssien. Você sabe melhor que ninguém. Marlok colocou sua mão de cristal no ombro do chefe Zil. Em torno dos dois magos os Guerreiros Zil e os Enviados tinham sido misturados entre si enquanto durava esta trégua de curta duração entre suas guildas.

- Sim, o que realmente me preocupa é que eles ainda tem as pedras-coração dos meus Zils e, portanto, eles podem cair sob sua influência, se eles puderem neutralizar o ritual com a qual eles foram liberados.

Todos os Zils pareceram muito preocupados. Assim como suas vontades eles são livres, mas eles estavam em perigo de perdê-la novamente. As memórias de atos praticados sob o controle dos Neantistas ecoavam em sua consciência. Espada Sanguinária estava nos braços de Desfigurado, destruído, ela observava os dois magos com infinita tristeza. Aerouant, uma vez restaurado, levantou-se.

- Existe um ritual para recuperar a pedra-coração.

Todos olharam surpresos com a intervenção do jovem homem. Por que ele iria querer ajudar aqueles que contribuíram, mesmo sob pressão, à morte de seu pai?

- Meu pai tinha desenvolvido isso, mas ele nunca havia praticado na vida real. - Marlok coçou o queixo olhando com admiração para o jovem.

- Você acha que pode fazê-lo, Aerouant? - Ele perguntou.

- Com a ajuda dos magos aqui presentes podemos tentar. Eu preciso de um pouco de preparação e autorização do Compendium para usar este feitiço.

- Eu vou te dar isso, enquanto você vai se preparar.

Algumas horas depois, na calada da noite, os Enviados de Noz’ Dingard haviam organizado o ritual e estavam prestes a começar. Para a ocasião, e visto a importância com que o fluxo da magia trabalha a cerimônia foi realizada no lado de fora. Aerouant tinha deixado pedaços de sua armadura que foi feita dos cristais utilizados para fazer a roupa mais confortável. Convidados, os Guerreiros Zil, cujo portador de suas pedras-coração eram os Neantistas, estavam no meio de um grande círculo formado por sua guilda. Marlok havia apoiado o filho do Profeta para obter permissão para usar este feitiço e acalmado as coisas. Ele praticou novamente colocando seus feitiços de proteção nas mais grossas pedras azuis, desta vez, para acelerar o escudo mágico que ninguém poderia passar. Abyssien incentivou seus amigos para mostrar coragem e confiança na magia do Dragão. Ele também iria participar desta experiência. O ritual começou. Aerouant materializou um cristal no centro do círculo e então canalizou a magia que cada um dos participantes mágicos oferecia para uma pedra mágica pulsante. Em seguida, puxando um fio mágico Aerouant ligou-se a cada Guerreiro Zil presente, um por um. Uma vez feito, a magia foi colocada sob a pedra e concentrou-se. Abyssien naturalmente entendia de magia e analisou o ritual tal como se desenvolveu. Segundo ele, esta grande jóia servia a Aerouant como uma antena, o que lhe permitia localizar a pedra-coração das pessoas que foram anexadas a ela. Então, gradualmente Aerouant absorveu a energia mágica contida na pedra.

A magia corria em suas veias e uma aura forte fluiu dele. Aerouant lutou para manter esta energia sem ser consumido ao mesmo tempo. Marlok disse que qualquer outro provavelmente teria sido quebrado por tanta magia, porém este descendente do Dragão tinha as habilidades necessárias para realizar este milagre. Agora Aerouant usou seu conhecimento de cristalomancia para chamar uma por uma a pedra-coração. Apareceram, como se elas conhesessem cada um a seu dono. Toda a magia foi dragada para fora de Aerouant puxando as pedras-coração da vontade dos Neantistas que por sua vez se esforçaram para mantê-las sob controle. Porém a magia do Dragão era mais poderosa e o ritual do Profeta funcionou como um encanto. Aerouant convidou Marlok para o centro do círculo e criou um outro cristal menor e trancou os últimos vestiçios de magia. Pouco antes de desmaiar, ele perguntou a Marlok para manter a atividade dos fios que haviam rompido com o ritual anterior. O que ele fez imediatamente. Os enviados, cansados, pediram refúgio e proteção para os Guerreiros Zil para o resto da noite. No dia seguinte, Abyssien agradeceu os enviados de Noz’Dingard por sua preciosa ajuda e ofereceu paz a Aerouant ea promessa de assistência mútua entre as duas guildas. O tempo chegou para os Draconianos voltarem para casa depois de completarem sua missão.

Marlok, entretanto, foi enviado para Kastel Drakken para participar da dança dos cortesãos. Poucos dias depois, o baile acabou, Ishaia deu o ultimato aos Guerreiros Zil e Salem estava livre. Abyssien estava sozinho com o recém-chegado.

- Eu refletia sobre os acontecimentos recentes, acho que fomos enganados por um de nós que nos vendeu para os Neantistas.

- É possível sim. - disse Salem acenando como um boneco tremendo.

Abyssien mergulhou em suas memórias. Trinta anos antes, quando ele era jovem, ele foi aprendiz de um mágico no pequeno reino de Oryfort a noroeste da terra de Guem. Sua capacidade de entender a magia havia atraído o interesse de uma pessoa que acabou por ser um seguidor do caminho de Neante. Tudo isso foi tentador para o jovem que na época ainda não usava seu nome artístico. Lentamente, ele foi ensinado aos preceitos básicos de Neante e ele estava se tornando um aprendiz real dos Neantistas. Porém ele rapidamente percebeu que não era isso que ele esperava da magia. Na verdade, a magia da sombra era o que ele queria praticar, mas não dessa maneira. Zil, em seguida, interveio para tirá-lo desta situação em que o menino tinha sido formado por seus preceitos e que ele achava que devia ser a verdadeira magia da Sombra.

Para Zil, a magia da Sombra permitia muitas coisas, mas não deve levar à subjugação dos outros. Serviu para ver o que acontece à sombra. Tornou-se membro dos Guerreiros Zil, e depois com a idade de 25 anos tornou-se o chefe.

- Zil, eu vou ter que deixá-la fora.

- Se for necessário, então, é uma parte de você como eu sou de Artrezil. - Abyssien então se agachou e olhou para a sua sombra no chão, à luz do dia.

- Meu velho amigo, tenho devorado você há muito tempo e hoje vou deixá-lo fora. Você deve perseguir o membro que nos vendeu.

Com isso, o mago das sombras começou a vomitar uma substância negra que fez uma forma vagamente humanóide. Quando Abyssien terminou sua aparência física era diferente, ele tinha perdido um monte de corpulência. Salem começou a aplaudir, significando a sua satisfação.

- Você é a nossa ligação com todos, eu que comi algumas das sombras dos lutadores. Leva-nos onde está o traidor. O homem-sombra abaixou a cabeça e depois calmamente voltou-a para si mesmo. Ele analisou cada membro da guilda, é claro, havia os guerreiros presentes, mas muitos mais do que isso. Finalmente ele parou, colocou as mãos sobre Abyssien e Salem, em seguida, cavou em suas próprias sombras. Ele reapareceu na sombra de uma pessoa. Ele, obviamente, discutindo com alguém, mas parou quando ele sentiu atendimento. Abyssien reconheceu sem muita dificuldade Máscara de Ferro e a relação parecia lógica. Ele foi o único ausente das reuniões de forma consistente, viajando pelo mundo com o propósito de relações diplomáticas e sociais com outras alianças.

- Você! - Abyssien disse em um tom de raiva.

- Mestre Abyssien, que surpresa! Posso fazer algo por você?

Salem entrou mancando. Ele rapidamente cortou o manto onde o sino estava pendurado em suas costas, o objeto caiu no chão sem fazer barulho.

- Você não é mais um de MEUS guerreiros. Você traiu a confiança do seu chefe!

Quando um novo guerreiro Zil é recrutado o líder da guilda lhe dá um sino. Isso representa um compromisso de sempre servir a guilda. Surpreso, o diplomata suspirou, sua expressão estava escondida por trás de sua máscara de metal.

- Neste caso, eu não sou obrigado a esconder mais! Em um piscar de olhos Máscara de Ferro desapareceu da mesma forma como fez o Neantista no momento de seu confronto com Marlok.

- Nós vamos encontrá-lo, eu devorei sua sombra. Abyssien disse com firmeza.

- Neante lança sua sombra, meu amigo. [Traduzido por Wanderson Farias]

Regência

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A velha criada correu pelos corredores estreitos do Palácio Imperial com uma das suas mãos segurando a parte inferior de seu quimono. Assim ela não cairia. Ofegante, ela chegou a uma porta e caiu de joelhos. Ela curvou-se como era a tradição.

- Eiji-sama! És solicitado com urgência.

Do outro lado da porta, o tom frenético das empregadas alertou Kakiji Eiji, que rapidamente começou a ficar inquieto. Sentado atrás de uma mesa baixa, o médico deixou cair o pincel e levantou-se rapidamente. Ele não era tão flexível quanto em sua juventude, mas os anos foram gentis com ele. Ele correu para a porta e abriu com um gesto seco.

- O que está acontecendo?

A mulher olhou para cima, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto dilacerado pela fadiga.

- É o Imperador! Ele está... Ele está... - Ela entrou em colapso.

Eiji olhou para ambos os lados do corredor e, em seguida, agarrou o braço da velha senhora com força.

- Pare de chorar! Vamos rapidamente.

Eiji Kakaji era há muito tempo o médico oficial do Imperador. Desde o dia que ele nasceu do ventre da Imperatriz Saisho ele tinha cuidado dele até agora. Quando a doença apareceu, ele foi rapidamente deslocado devido à sua incapacidade para aplicar o tratamento. Mas ele permaneceu o único funcionário autorizado a fazer diagnósticos. Pouco tempo passou até que chegaram à Câmara Imperial. Ela era guardada por dois oficiais como manda a tradição enquanto o Imperador estivesse de cama. Asajiro estava no posto na época. Ele curvou-se à pessoa respeitável e abriu a porta.

- És aguardado, acrescentou. Mantendo um olho por dentro. Iro, o campeão do imperador se ajoelhou em frente à cama de dossel. Vendo a pessoa que acabara de entrar, levantou-se, esperando para finalmente receber uma resposta. Alguns dos vários médicos do Imperador cochichavam entre si, denegrindo o seu colega. Eiji avançou para o Imperador, este último parecia calmo, de olhos fechados. Ele determinou a examiná-lo. Ele rapidamente se sentiu aliviado ao ver que ainda não havia se reunido com seus antepassados, mas, infelizmente, ele caiu em um sono profundo. Seu pulso era regular, mas fraco. Depois de várias tentativas para despertar o imperador, o velho balançou a cabeça negativamente olhando Iro.

- Todo mundo para fora! - rosnou Iro geralmente tão calmo. - Deixem-nos!

Diante da ira do filho do Senhor Imperial, os participantes saíram da sala, sozinho permaneceu Eiji. Iro foi fechar a porta e sussurrou algumas palavras para Asajiro.

- Não deixe ninguém entrar.

- Eu respondo com a minha vida. - Asajiro parou diante da entrada da câmara, através de sua lança para significar a proibição de acesso.

- Kakiji-sama, o Imperador vai morrer?

- Acho que não, mas sua condição é crítica. Seu corpo ainda está animado pela chama da vida, mas seu espírito parece estar além.

- Então é isso, esse é o fim do seu reinado?

- Não, ele ainda está respirando. Mas quando uma situação como esta aparece, as leis são muito claras.

- Eu sei, uma regência deve ser implementada. E, dada a situação atual, eu não tenho certeza se beneficia o império. Tenho que colocar alguma ordem em tudo isso. Eu vou garantir que você fique ao lado do leito do Imperador e colocar os membros de Kotoba como guardas.

- Decisão sábia, campeão.

Iro saiu da sala, após ter dado ordens para Asajiro , ele saiu e retornou para sua casa. A casa da família não era muito longe do palácio imperial. Era uma casa grande no meio de um jardim perfeitamente mantido. Atualmente só Ayako, a caçula da família vivia lá com seu avô, Henshin, que treina com Gakyusha quase permanentemente. Ela estava apenas no começo de uma lição de magia da água da lagoa, Henshin deu conselhos para infundí-la para dominar seus poderes. O velho viu Iro chegar em casa parecendo preocupado.

- Ayako, continue sem mim e pense que a água é um material vivo.

Ele encontrou Iro no escritório de seu pai, à procura de materiais de escrita.

- Você parece infeliz, Iro. Posso ajudá-lo?

- Obrigado Jii-san, mas devo falar com meu pai e reunir os Kotoba. Eventos graves estão ocorrendo no império.

- Sério? Quais são eles?

O jovem duelista considerava o imperador como um tio benevolente, para vê-lo neste estado e ver o dano que esta regência vai fazer.

- As coisas vão mudar, o Imperador não é capaz de governar e ele será substituído por uma regência, dando origem a pessoas que não deveriam ter acesso ao poder.

- Eu vejo.

O velho deixou o campeão em seus assuntos. Este último começou a escrever uma carta quando ouviu seu avô chamando da sala de estar. Intrigado por este convite ele foi ver o que era exigido dele. Lá Henshin estava ajoelhado no centro da sala, e um detalhe chamou a atenção de Iro, seu avô usava um Magatama de Jade, um pingente em forma de lágrima. Antes dele, no chão, ele tinha um rolo de pergaminho selado com o selo imperial.

- Eu sou um Shi-ze do imperador em pessoa. Eu confio este pergaminho a você para ser devolvido quando o tempo chegar com uma mensagem vinda de você como de um decreto imperial.

O jovem estava sentado na frente de seu avô, ele estava ao mesmo tempo surpreso e curioso sobre a mensagem.

- Iro, você é uma pessoa que o Imperador colocou a sua confiança sobre. Este pergaminho simboliza a esperança para você não ver o Império cair em mãos erradas. Cuidado com aqueles que subiram muito alto. Os Kotoba hoje, mais do que nunca representam um meio ideal para agir em nome do Imperador. Não se esqueça de uma coisa, Kotoba é o Imperador e ele só, a decisão não terá nenhum poder sobre ela. Seja forte, nunca vacile, você é o futuro do Império.

Henshin tomou o livro e deu a Iro, que aceitou com honra.

- Este rolo deve ser lido antes do conselho imperial. Depressa agora você não deve demorar muito para atender.

Iro, revigorado pela mensagem do Imperador voltou imediatamente para o palácio. Ele cumprimentou a irmã dele que tinha crescido muito ultimamente, para não mencionar que suas habilidades mágicas se desenvolveram em alta velocidade. Certamente que ela merece um lugar dentro do Kotoba. O grande conselho câmara raramente tinha visto tantas pessoas por anos. Todos os ministros e conselheiros imperiais estavam lá, sentados em círculo, cada um em sua almofada de seda e confortável. Eles haviam sido de várias horas de discussões acaloradas sobre o estado do Imperador e as políticas a serem seguidas.

Oogoe e Daijin estavam assistindo seus oponentes, quando a luta pelo poder havia chegado. O Corvo sabia que ia ganhar nesta corrida e seu silêncio fez alguns dos membros Imperador nervoso. Oogoe levantou-se e colocado no centro do terreno com toda a sua indiferença habitual. As leis são necessárias nestes casos, funcionários honrosas do Imperador. Quando o Augur Celestial não pode assumir o seu papel como eles não têm qualquer descendência, um regente deve ser nomeado por todas as pessoas autorizadas a fazer. Embora eu tenha muito respeito a você, mas eu acho que Deus não Daijin Akizuki-sama é a pessoa melhor colocada hoje para governar o império.

A reacção foi imediata. Os defensores do primeiro-ministro Akizuki, subiu para protestar. Oogoe de volta no lugar, visivelmente satisfeito com o rumo que as coisas estavam tomando, ele gostava de instalar a dúvida e confusão entre os seus adversários. Foi então Daijin é, voltar-se para falar do Corvo sabia que o seu adversário, ele sabia que o saldo era a seu favor. Ele se levantou, ajudado por Karasu.

- Bem, bem, um pouco de paz que você, lembre-se que o Imperador em seu sono nos vê e nos julga.

Akizuki-dono, você é responsável por tomar a decisão necessária. O primeiro-ministro inclinando a cabeça, envergonhado por não ter visto o golpe que vem.

- O regente deve ser nomeado.

Naquela hora Iro entrou na sala com o ruído, um passo decisivo. Os defensores do corvo protestaram contra essa intrusão do campeão do Imperador. Mas Iro não se comoveu e fez um olhar ameaçador que os protestos cessaram.

- Campeão. O que você traz para a corte de políticas? - Oogoe lançou.

- Isso! - Ele diz entregando o rolo para Akizuki. - Eu li Compete ao conselho imperial.

O ministro aceitou o livro e abriu-o. Ele autenticou o objeto como oficialmente escrito pela mão do Imperador. Então ele se levantou para ler em voz alta.

- Estes são os desejos do Imperador, ele disse com a voz trêmula. "Enquanto nós não somos mais iluminados por um deus na terra, é nosso dever de considerar a manutenção da unidade do que os nossos antepassados nos legaram. Enquanto nós não queremos isso para baixo e como as leis estabelecidas para ser nomeado um regente, o tempo de um novo imperador é apresentado. Decidimos que se um regente era para ser designado será escolhido a partir do Tsoutaï ordem. Eles só têm a perspectiva necessária para restaurar a ordem no caos deixado pela minha ausência e, assim, restaurar o equilíbrio. Assim é a vontade do Imperador."

A conversa começou de novo, muitos acharam isso injusto, pois não houve candidatos do lado de Daijin ou de Akizuki. O Corvo sussurrou algo ao ouvido de Oogoe.

- Por favor, alguma compostura! - Gritou o Primeiro-Ministro. - A vontade do Imperador deve ser respeitada. Na minha qualidade de primeiro-ministro peço solenemente ao Campeão do Imperador como uma garantia da mesma.

- Eu concordo, quem vai contra eles deve parar com a minha espada. - Iro respondeu.

Oogoe ressuscitou.

- O Clã do Corvo tem a intenção de buscar o melhor candidato possível para a regência. Akizuki não foi enganado, houve provavelmente um truque sujo sob a capa desta frase, mas o corvo era forte e agora recusa teria sido percebido como um insulto e uma afronta grave. E, afinal, foram eles o Tsoutaï, não é sábio?

- Assim seja! Vou dar tempo ao corvo para encontrar o regente.

Akizuki não suspeitava que Daijin sabia exatamente quem ele designara. A reunião do conselho foi suspensa. Na casa do clã Corvo, Daijin discutia com Karasu e Oogoe.

- É uma história que você pode ter ouvido. Foi há muito tempo, um corvo tinha um destino especial, ele foi selecionado pelo Aproveitador de Fraqueza e reconhecido como um Tsoutaï. Na época, e antes deste fato, ele perguntou-me o direito de não fazer parte do clã a seguir o caminho escolhido. E eu concordei com uma pequena condição, se um dia precisasse dele, ele deve responder a nosso chamado.

- Bem, senhor, mas essa pessoa é capaz de assumir a regência do império? - Oogoe questionou.

- É. Vou preparar o edital oficial do conselho imperial para a nomeação. Eu irei enviá-lo tanto para anunciar esta notícia a quem possa interessar.

- Daijin Senhor, onde é que vamos enviá-lo?

- No Templo Yafujima.

Nenhum deles conhecia este lugar, mas logo remediar essa ignorância, porque no dia seguinte estavam na estrada, levando a mensagem preciosa. Eles já tinham um nome, que não era desconhecido. Este homem tinha feito sobre ele, há algum tempo. Karasu ficou furioso, aproveitou o caminho para discutir com o Imperador em sua mente, que teve a coragem de fazer governante Daijin, berrou contra esta Tsoutaï maldita, que não sabia nada de política, ou como era a vida em Meragi.

Eles chegaram ao templo, ao anoitecer e foram recebidos logo após seu líder, que também revelou ser o futuro governador. A reunião foi realizada com um dos menores shows previstos para saudar as pessoas que passam. Toran perguntou o que queriam dois membros do Corvo que vieram especialmente para vê-lo.

- Obrigado por nos receber Toran-sama. - Oogoe começou.

- Não me agradeça, a porta deste templo é aberto a todos aqueles que precisam de paz e serenidade.

- Isso é ótimo que você fala de paz, porque é disso que se trata nossos processos de negócio.

O jovem magistrado colocado diante dele sobre a pequena mesa de madeira a carta do Conselho Imperial.

- Isto é para você. Antes de você ler e dar a sua opinião, porque é verdade que você pode recusar, Daijin se permite lembrar quem você realmente é. - Toran apertou os olhos e suas tatuagens começou a se mover.

- Oogoe obrigado a me mandar de volta à minha condição, eu sei muito bem quem eu sou e onde eu pertenço, eu sugiro que você reflita sobre a sua própria.

O jovem Corvo mostrou um rosto congelado em um sorriso sarcástico, ele acertou o alvo. Lá fora, Aku que agora era aprendiz de Toran espiava a cena e apesar de seu poder discricionário de que não escapou à vigilância de Karasu. Este último levantou-se e curvou-se à Tsoutaï velho antes de sair para dar um exemplo de cortesia para o jovem e impetuoso. Depois de duas ou três leituras Toran havia renunciado. Ele foi nomeado para tornar-se regente do Império do Xzia dele, um homem que passou vários anos viajando pelo mundo, buscando aperfeiçoar sua arte.

- Eu entendo o seu sentimento Toran-sama, só você pode decidir.

- Há outros Tsoutaïs, pessoas muito mais sábias do que eu.

- Sim, mas eles não são o clã do corvo. Seria lamentável se você recusar esse favor para Daijin-sama, especialmente num momento em que o império está enfraquecido, não deve ser muito a ele todos os colapsos.

- Eu reconheço aqui as palavras daqueles que nasceram. Eu aceito o papel atribuído a mim pelo Conselho Imperial. Quando devo ir para Merag?

- Tão rapidamente quanto possível. - Karasu apressou e viu Aku do lado de fora.

- Nós jogamos os espiões sem os meios? - Karasu cuspiu.

- Eu só queria ter certeza de que nada aconteceu ao meu senhor. - Respondeu o jovem Tsoutaï nervosamente.

- Eu vou ficar a vontade para espiar! - Karasu empurrou Aku, que caiu violentamente no chão. Em torno dele e, apesar da tarde Tsoutaï poucas horas outros estão em cena.

Sua filosofia não é para responder à violência com violência, eles pediram educadamente para o membro do clã do corvo para parar a infracção. Karasu se fez de surdo, ele passou seus nervos em alguém, ainda não tinha o hábito de fazê-lo. Aku não poderia replicar, Toran tinha proibido de usar a violência em seu estado de fragilidade. Ele viria a aprender com Akujin seu Aproveitamento de Fraqueza, para dominar os meandros da Tsoutaï guerra. O fato da jovem Hime estar presente naquele momento, não via o ataque da mesma forma que os outros. Ela interveio.

- Corvo! Se você está procurando alguém para batê-lo confrontá-me. Sua Aproveitadora de Fraqueza, um majestoso garça azul, apareceu ao seu lado, batendo o bico para o rosto de Karasu. Ele parou por aí, não valia a pena manter o seu ato e já havia irritado o Tsoutaï.

- Outra vez talvez eu teria o maior prazer de competir com um lutador como você, mas eu tenho coisas melhores para fazer.

Naquela hora, Toran e Oogoe chegaram no quintal, colocando um fim para a oposição.

- Hime chame nossa comunidade, tenho algo a anunciar. - disse Toran.

Poucos minutos depois, todos os Tsoutaïs do templo estavam no quintal, perguntando sobre o futuro retorno de seu mestre. Toran, de maior altura em relação aos demais pediu silêncio.

- O Império está numa encruzilhada. O Imperador está em sono eterno e fui nomeado regente. Acontece que eu fui escolhido, o imperador pensou que Tsoutaï seria capaz de pôr fim à divisão interna. Então, eu humildemente aceito esta posição.

Todos foram ao seu comentário sobre a questão, muitos pensaram que o imperador tinha feito uma escolha sábia e que surpreendeu alguns.

- Só estou de volta entre vós, eu tenho que sair de novo agora, eu preciso voltar para Meragi. Eu confio na liderança do venerável templo Zaoryu. Quando eu sair, vou sair de madrugada, amanhã de manhã.

Na platéia, Hime e Aku preocupado com seu futuro, mas Toran foi até eles e explicou que eles estavam vindo para Meragi com ele, ele continuaria treinando no templo de Komaki, mas menor e mais modesta do que Yafujima, Toran não estava acostumado ao luxo. Ele tinha visto a luz em uma família rica, mas tinha ficado tanto tempo fora, que já se esquecera de como era. Ele seria perante o conselho nomeado oficialmente como regente do império.

No entanto, ele não quis privar a sua posição como regente, vestindo suas roupas tsoutai. O Império precisava dele e a situação era delicada. Por um lado era necessário, para manter a coesão, gestão de conflitos políticos e fazer malabarismos com o desejo dos Corvos. Ele sempre lutou para manter em seu coração as origens deste clã. Depois de pronto, ele foi levado para a sala onde todos os conselheiros e ministros se curvaram perante o Tsoutai.

- Neste dia, quando você me faz o governante, manterei isso em mente, o Imperador não está morto, ele vai voltar.

Sim, o Imperador, no interior, Toran sabia, porque ele iria colocar tudo em ordem para lançar luz sobre esse mal inexplicável que atingiu o imperador. O que o futuro reserva para Toran e o Império Xzia? [Traduzido por Wanderson Farias]

A missão do rei trovão.

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O rei está morto! Viva ao rei! O rei está morto! Viva ao rei!

A multidão ao lado do Castelo Carleon cantou em despedida estas palavras, como era costume. Mas desta vez a tradição não seria cumprida. Gaumatta rei de Yses morreu sem nenhum herdeiro para sucedê-lo. Isso significa, de acordo com as tradições dos sete reinos, que um grande torneio deveria ser organizado disputando a terra de Yses. E este, um dos Guardiões do reino, se recusou a fazê-lo. Sevylath se sentou na beira de uma fonte, observando as idas e vindas de curiosos à praça principal. Avaliando a importância desta morte e as trágicas conseqüências que isso teria sobre o futuro. Os abutres viriam a devorar os restos mortais e matar por este território, provavelmente em detrimento da população ele teve que agir rapidamente.

Sem mais demora, ele deixou seu devaneio e se dirigiu para a biblioteca, ou pelo menos era o que parecia. Gaumatta foi um rei sábio, e através dele as maiores cidades estavam equipadas com bibliotecas, que na verdade eram locais de armazenamento de pergaminhos, peles e outros livros escritos. Neste antro, o herói de Yses esperava encontrar uma lei, ou costume, que poderia contrariar esta regra do torneio principal. Após dois dias de extensa pesquisa não encontrou nada com que enfrentar a lei. No entanto, algo despertou sua curiosidade. No fundo da grande sala, atrás de uma pilha de objetos diferentes, estava uma tapeçaria do tamanho de um homem. Nela, foi pintada uma cena que representava o primeiro rei de Yses, que foi apelidado justamente de Rei Trovão. De acordo com as histórias, o rei desapareceu em um dia, deixando o trono para seu amigo Argal, que era o pai de Gaumatta. Lembrou-se de um pedaço de aço enorme, esculpido em baixo relevo, que estava na cidade. Seu instinto o levou a ir vê-lo.

Mais uma vez perdido em pensamentos, ele não viu passar o tempo em sua viagem para a pedra. Havia uma espécie de culto a este personagem icônico. Ele mesmo acreditava fervorosamente na existência de forças divinas, que governam a vida dos habitantes da terra de Guem. Mas ele nunca foi interessado neste culto , então foi uma oportunidade para ele entender. Ele não se lembrava que esta pedra era tão grande, era do tamanho das torres do castelo de Yses. Ao pé dela, chamas dançavam com o vento em um braseiro de pedra.

Não havia ninguém ali, que com estes acontecimentos não se surpreendeu muito. Gravado na pedra, o enorme e majestoso, O Rei Trovão que assisti a cidade com seu olhar frio. Sevylath tinha visto mil vezes, mas nunca estava ciente dos detalhes. Os caracteres eram a língua falada no Yses hoje. Mas estes símbolos eram desconhecidos. Ele pegou o livro pendurado em seu cinto, e examinou a superfície da capa de couro. Havia dois glifos, não idênticos, mas semelhante ao do cartucho. Este livro foi uma herança de sua família e importantes poderes foram atribuídos a ele, embora nenhum de seus parentes haviam conseguido penetrar em seus segredos. Alguém veio naquele momento, levando ele a se distraír de seus pensamentos.

- Oh! Eu me sinto realmente mal por incomodá-lo.

Ela era uma jovem mulher com um vestido branco simples e jóias, que se assemelhavam aos do Rei Trovão. Sevylath a reconheceu como uma sacerdotisa.

- Não fique chateado, eu sou o único que perturba esse lugar. Eu acho que você pode me ajudar.

Sevylath entregou-lhe o seu livro.

- Você vê esses símbolos, eles são da mesma língua que este. - disse sevylath apontando para a inscrição no Monumento.

A jovem com cabelos tingidos de branco olhou para o livro e colocou os dedos sobre os simbolos. Seu rosto resplandecia com um sorriso radiante.

- É a mesma língua, dita pelo rei Trovão e sua família, quando ele reinou. Onde você conseguiu isso?

Sevylath hesitou, mas esta mulher poderia ajudá-lo, então falou.

- Este livro tem sido da minha família há muito tempo.

A sacerdotisa tomou um momento para pensar. "Poderia ser ...?"

- Posso abrir este livro Senhor Sevylath?

- Você sabe quem eu sou? - Ele perguntou com interesse.

- É difícil não reconhecer um guardião de Yses quando você vê um. Posso?

- Com uma condição, você sabe o que significam esses símbolos? - ele disse, apontando para a estela.

- Está escrito: "Marque a minha lança e fere. Enfeite-se da minha coroa e vou estar ao seu lado. Use a minha armadura e eu vou te proteger ". Eu realmente não sei quem o escreveu ou se são palavras do Rei do Trovão, mas muitos de nós pensamos que há um legado.

- Obrigado pela tradução. Este caso me interessa muito.

- Seria prudente ir olhar ele em um lugar onde nós não seriamos interrompidos?

- Está certo, eu falhei em meus deveres, eu imploro, venha comigo para a sala de estudo do templo dos deuses.

Lá, em Yses existiam três templos dos deuses, locais de culto aberto a todos aqueles que desejam orar ou praticar suas crenças. Eles tiveram a distinção de não ser filiado a uma divindade, mas a todas. O guarda e a jovem cujo nome era Dandranne foram, então, algumas ruas de distância, à um edifício de pedra cinzenta, grande, parcialmente coberto de musgo.

O quarto de estudo era apenas um nome, era principalmente um local para alguns dos fiéis. Os presentes ali estavam a discutir o principal evento do dia, o desaparecimento de seu rei, e eles não prestaram atenção na presença de proteção e menos ainda nas suas ocupações. Dandranne foi em uma mesa de madeira e tentou abrir o livro. Infelizmente, o cinto não se moveu! Sevylath ficou surpreso, porque ele sempre conseguiu abri-lo e quando ele tentou, ele funcionou corretamente. Quando Dandranne retomou o velho livro de feitiços, para lê-lo, fechou-se em um raio, que varreu o convés, antes de desaparecer.

- Bem, isto é uma loucura. - A sacerdotisa disse surpresa.

- Devo dizer que até agora, dos meus parentes, ninguém fez com que isso acontecesse. Talvez eu deva pegar e lê-lo para você.

A técnica parecia boa, porque o livro foi deixado aberto e ela podia ler, ou melhor, tentar ler.

- Eu sei pouco sobre a língua, eu aprendi o básico, mas eu nunca havia praticado com textos como estes. Parece que são preces a Deus. Se eu traduzí-lo seria bom, Kurun.

Sevylath falou para Dandranne virar as páginas até o fim. A escrita mudou, passaram rapidamente símbolos escritos. Depois de ler a primeira página, ela se exaltou no local.

- É ele! O rei trovão! Vire as páginas! Pare! Não! Espere! Ela leu uma página várias vezes, então ela olhou para cima e olhou para o guardião com um pouco de alegria.

- Você sabe a origem de sua família Senhor Sevylath?

- Esta é uma questão relacionada com a sua leitura?

- Sim, e eu acho que você não sabe que o Rei Trovão teve um filho, um menino chamado Korvent, esse nome não te lembra alguém?

- Korvent? - Sevylath mergulhou em suas memórias, o nome não estava no exterior. Com efeito, Korvent era um nome já mencionado no passado. - Sim, eu acho que o meu avô me contou quando eu ainda era garoto, sobre um Korvent, ele era um grande líder militar pelo que me lembro.

- Ele é também um dos seus antepassados! Você percebe! Você é um dos descendentes do Rei Trovão!

- Eu quero acreditar em você, mas como você está tão certa disso?

- Está escrito! Não! - Dandranne estava em um estado próximo à euforia, para encontrar o descendente do homem que ela reverenciava, foi um milagre real.

- Tudo bem, mas o que quer dizer?

- Oh, sim, desculpe. Está escrito, em suma, que somente seus herdeiros podem abrir este livro, é tão simples como isso. - Sevylath mostrou nenhuma alegria especial, durante o anúncio, ele viu além disso.

O destino o colocou no caminho para a sacerdotisa e as revelações foram feitas, como agora seria levá-lo?

- Há coisas que eu não entendo. Ele fala de uma busca que ele deve executar e que iria levar a um renascimento. Ele indicou que pretende seguir uma rota para viajar até os confins. Ele diz que sua carreira, explicando que sua viagem não era sem retorno e que até mesmo a morte não iria prevalecer.

- Você acredita que uma pessoa que viveu há muito tempo pode voltar? - Perguntou Sevylath por algum motivo.

- Tudo é possível neste mundo. Se o rei do trovão pode voltar, você deve nos fazer olhar para o outro?

- Não, você está certo, um rei está morto, outro rei deve tomar as rédeas de Yses. O guardião ficou de pé. A busca do rei do trovão começa.

- Vou rezar para o sucesso desta missão. Mas antes eu vou transcrever os escritos de seu antepassado.

Dandranne subiu, por sua vez.

- Tudo isso é incrivelmente excitante.

Os outros fiéis não acreditam em suas orelhas quando ouvem esta história. Dois dias depois, a tradução foi concluída, e Dandranne e Sevylath não tinham dormido muito, havia muito em jogo para perder tempo. A essência estava lá e tinha apenas começado a aventurar-se nas brumas da borda seguindo um caminho preciso. Após um breve intervalo o guardião partiu para o desconhecido, com uma esperança selvagem na lenda do Rei Trovão. A melancolia, e pensando que ele deixou Yses, quando enfrentava uma grave crise de sua história, o guardião partiu.

A viagem para a névoa passou dos limites de Baranthe onde ele viu que as autoridades estavam muito preocupadas com a situação do reino vizinho. Mas ele não se demorou mais tempo e continuou, o que o levou para uma semana de neblina, pesada e negra. Era como se as nuvens estavam tomando todo o espaço entre o chão e o céu. Tudo isso não era brincadeira, afinal, por detrás, foi trancado a maior ameaça desta terra. Todos aqueles que tinham procurado a prisão obsidiana nunca mais voltaram, alimentando as lendas sobre os poderes das trevas de Neantes. Ele não gostava deste lugar, havia muita miséria e sofrimento. Há cerca de 70 anos realizou uma terrível batalha, muitos heróis da guerra cairam contra Neantes.

Segurando o martelo santificado, ele avançou, como mostrado por Dandranne. Ele pensou que poderia sufocar, o sobrenatural fez este ar incrivelmente sufocante. Sevylath tomou isso como um teste e não estava a ser espantado por tão pouco. Não vendo quanto ele progrediu, muito lentamente. Depois de algumas horas ele finalmente chegou à última indicação: Três passos para a esquerda de uma pedra gravada com um símbolo em espiral. Ele encontrou muitas pedras e deu três passos para a esquerda. Infelizmente para o guarda, esta pedra foi realmente a ponta pequena de um monumento do tempo do Rei Trovão que sofreu corrosão.

A parte superior, em que o símbolo caiu para lado. Esta foi uma conseqüência muito lamentável que o guarda iria aprender muito mais tarde. Sevylath emergiu do nevoeiro e respirou fundo. Uma respirada de ar fresco e um vento forte dando-lhe forças. O novo ambiente era incrível e deslumbrante. A perda de visão das terras e ilhas, e multicolorido cristais que flutuavam no ar. Alguns deles movido como a madeira na água, escovando uns aos outros. "Como chegar a partir de uma ilha para outra" questionou o guarda. Ele analisou a situação e, acima de tudo onde ele tinha chegado.

Obviamente, a ilha em que ele estava era grande, e se seu pai tinha chegado lá, ele tem que ter deixado pistas em algum lugar. "Começar por aí." A paisagem diferente de Yses. Casa, onde não havia vegetação e florestas fora da vista, substituído por árvores de enormes cristais. Mas havia queimaduras evidentes em algumas pedras e cristais, e arranhões grandes no solo. Não havia barulho, nem um animal único a piar, até mesmo o som dos seus passos parecia mudo. Ele caminhou durante horas com a vaga impressão de não estar sozinho aqui. Os lugares eram muito maiores do que ele pensava e a vegetação tornou-se densa. Então, para virar uma esquina, avistou uma espécie de totem de idade, era uma criatura deformada e repulsiva. Ele não se demorou muito sobre isso, mas a representação não trouxe conforto em sua vigilância. Algo estava errado, a magia estava trabalhando aqui.

Na verdade, de uma só vez, vieram árvores e raízes do chão que agarraram ele em alguns momentos, ele ficou incapaz de se mover.

- Que maldição é essa? - Ele exclamou em voz alta.

A criatura se aproximou dele, ele nunca tinha visto tal, grandes chifres, olhos brancos, nenhuma boca. Ele estava mancando e ao seu lado esquerdo ele estava protegido por placas de couro costuradas. Atrás dele havia outros, um dos quais foi claramente vestidos como um habitante de Draconia, ele reconheceu o casaco e o código de cores da jovem.

- Desculpe a infligir essa. Mas desde que chegamos aos confins os problemas vêm e vão. Disse a jovem olhando para o martelo do protetor.

- Eu sou Sevylath! Guardião de Yses, liberte-me, draconiana!

- Sevylath? - Anryéna olhou para os outros com um toque de surpresa. - Você desapareceu há décadas.

- Bobagem, eu só vim até aqui e deixei os reinos sete dias atrás. Olha, não quero dizer nenhum mal a você, libertar-me e vamos conversar. O Dais quebrou o feitiço e o guarda foi liberado de suas obrigações. Ele recuperou seu martelo, ficando desconfiado deles.

- Eu me apresentei, seria bom você fazer o mesmo.

- É verdade, acreditar que esses confins têm influência sobre nós. Eu sou Anryéna, filha do Dragão. Aqui está Gemineye da tripulação de Al Killicrew e estas pessoas são do povo Eltarite...

- Ele certamente pode nos ajudar a quebrar a defesa. - Gemineye disse.

Anryéna apoiando cada vez menos a pirata do grupo, ela era rude e sem gene, longe de ser o comportamento das senhoras draconianas. Sevylath sabia o nome de Anryéna, aumentando a sua confusão, como se vinte anos se passaram, e ela não deveria se parecer com uma jovem que tinha no máximo trinta anos. Ele participou de um debate entre três pessoas, e acabaram convidando Sevylath para acompanhá-los.

- O que está acontecendo? Eu ficaria feliz em ajudá-lo, mas fale em poucas palavras.

- Não muito longe daqui, encontramos uma espécie de templo muito antigo. Mas ele está protegido e não podemos entrar nele, explicou o Caminhante da Seiva.

- E por que você quer entrar? Se ele está protegido, deve ter uma razão.

- Porque nós estamos procurando alguém e pode ser que ela esteja dentro do templo, ou há uma pessoa lá dentro que tem uma idéia de como encontrá-la.

- Eu estou procurando uma pessoa também, eu vou ajudar se eu puder. E então eles se juntaram a trupe de Malyss e Ergue que esperavam fora do templo, um edifício antigo, com uma arquitetura que combinava cristais e pedras. Tudo ficou branco, foram expostos ao sol, porque uma pequena parte do telhado desabou. Do seu ponto de vista, os viajantes se perguntaram se eles estavam indo a entrar em colapso depois de terem retornado. Na parte de baixo e em todo o monte em que se assentaram as colunas do edifício, foram esculpidos símbolos. E apesar de não ver, entre cada torre, uma parede invisível impedia a passagem.

- Nossa magia não conseguiu quebrar as colunas e força física não é a melhor opção. No entanto, os nossos poderes são grandes. - se vangloriou o mago do clã corvo.

Sevylath via as coisas de forma diferente. Não foi mágica que estava no trabalho e por esta razão que a sua magia era ineficaz. Os símbolos não eram nada menos que escritos teúrgicos, a "mágica" dos deuses. Para ele, tudo ficou claro, alguém não quer que ninguém entre aqui, e apenas um ou mais sacerdotes conseguiram esta façanha. Sevylath virou-se para o grupo e falou alto o suficiente para parar as discussões inúteis.

- Sua falha é normal. Isso não é mágica, é uma barreira de fé. Eu posso cancelá-la, mas vocês tem certeza de que nada de ruim vai acontecer?

- Nós não podemos prever o que vai acontecer, mas acho que nós não estamos aqui para nada. Temos de ir! - Gemineye convidou todos a se precipitar, assim como a pirata.

Anryéna emburrou, tudo relacionado a teurgia ela não sabia. O Caminhante da Seiva estava indeciso, mas a Come-Pedras poderia estar lá dentro. Ergue não se importava, mas ele nunca recusou um pouco de ação. Malyss alinhou seu pensamento com o da pirata, era necessário atualizar o segredo em qualquer caso. A decisão foi tomada, Sevylath começou a trabalhar. Cada pilar tinha um teste de fé, uma pergunta que o leitor tinha em seu coração, para responder corretamente. Ele escolheu o tema que parecia mais interessante para ele e a resposta foi o seu lema como um crente. A questão poderia ser resumida nisso: "Quão longe você pode levar sua fé" Ele não hesitou, ficou claro para ele, o sacrifício que ele estava disposto a fazer e por esse entusiasmo ele seguiu os princípios da fé. Obviamente, a resposta estava certa, porque o pilar desabou e caiu. A barreira da fé tinha caído.

- Tu és digno da sua reputação, Guardião de Yses, parabenizou Anryéna.

O grupo começou a subir a colina coberta de rochas antigas. Seu progresso foi marcado pela descoberta de vários esqueletos humanóides, cuja presença foi escondida pelas rochas.

- Não é muito encorajador. - Ergué sussurrou para si mesmo.

- Olhe para isso! - Gemineye chorou. - Que maravilha!

A jovem puxou de um cadáver uma lança feita inteiramente de cristal.

- É leve como uma pluma, acrescentou.

À primeira vista Sevylath reconheceu a lança e correu.

- Posso? - Ele disse com autoridade.

Para um pirata, um objeto encontrado pertence à pessoa que fez a descoberta, mas, dada sua comitiva ela não procurava problemas, e deu a lança a ele. Sem dúvida era um objeto feito em Yses, dado ao seu estilo, ele tinha visto alguns, como que em algumas famílias nobres. Ele estava no caminho certo.

- Estou no caminho certo. Sigam em frente!

Eles chegaram na entrada do templo e eles puderam ver que os novos símbolos teúrgicos estavam em toda a uma enorme porta e estavam todos no contorno do templo.

- Um selo divino. - Sevylath disse. - Fiquem para trás, ele deve ser quebrado pela fé.

Todos foram para trás a uma distância segura. Sevylath deu um passo para trás, segurando o martelo com força e murmurou algumas orações. Então ele se virou e correu com seu martelo para quebrar as linhas das escrituras. Ele não esperava isso, mas o golpe destruiu a porta. Todo mundo foi para a frente olhar o que havia depois da porta, e do que viram, não profetizaram nada de bom. Dentro, havia uma dúzia de seres humanóides, mas que se comportaram como selvagens. Sua pele era azul e suja e todos tinham uma atitude muito agressiva. O templo em si era uma sala enorme, e no meio disto tudo, uma pessoa estava flutuando no ar, dentro de um tipo de coluna, composta de milhares de raios que saiam do chão.

Enquanto Gemineye e Ergue recuavam diante do avanço de Sevylath, que sabia muito bem quem era o estranho personagem na coluna, pulou para dentro sem medo. "É esta a Come-Pedras?" Perguntou o Caminhante da Seiva. Ele seguiu o exemplo e entrou junto com o guarda. Não é possível abandonar os outros, cada membro do grupo se juntou a eles. Sevylath começou a esmagar crânios com seu martelo, mas as criaturas eram numerosas e muito fortes também, O caminhante da Seiva foi rapidamente dominado por alguns deles e ele deve sua salvação a destreza de Ergue que o puxou de volta.

Malyss fez fogo enquanto Anryéna usava magia Draconica. Tudo estava indo bem, as suas estratégias complementares foram logo dando o triunfo sobre o grupo inimigo. Infelizmente, um erro involuntário aconteceu. Anryéna foi encurralada em um canto do templo, apelou aos outros poderes, os dos relâmpagos. Fluía de suas mãos violentamente um raio, que atingiu seus inimigos. Vários eventos inesperados ocorreram: o relâmpago se propagou na grande maioria das criaturas e cada vez que um deles foi atingido pelo relâmpago não sofriam dor, ao contrário, a magia parecia fortalecê-los. Com uma maré de azar, eles ganharam a vantagem sobre o grupo, ferindo alguns de seus membros.

Sevylath não teve escolha, ele apelou para a sua fé. Seu martelo brilhou intensamente e pensou em cada um de seus companheiros. Então, com fúria, ele matou as criaturas, um por um. A cada golpe, as feridas de seus companheiros estavam curando. Impressionado com a teurgia do protetor, a batalha recomeçou com vingança. Anryéna, que compreendeu seu erro, parou o uso de raios e escolheu defender os outros que atacavam. Sevylath, galvanizado, cortou um caminho para a pessoa, que estava na coluna de raios. Mas Sevylath teve que parar porque havia uma criatura maior do que os outros e parecia mais inteligente. Ela usava uma coroa de cristal.

Aparentemente, a criatura estava procurando ter um duelo com o Guarda de Yses. Mas Sevylath impulsionado pelo orgulho riu e colocou seu martelo no chão.

- Eu sei o que você é, eu reconheço esta pedra em sua cabeça. - Atrás dele, os outros companheiros dele, se perguntaram o que Sevylath estava dizendo.

- Repudio você, Guemelite! Junto com seu criador! - Gritou ele.

Ele levantou as mãos no ar e uma luz brilhante e branca saiu dele. Gemineye foi na entrada do templo, jogou suas armas estranhas e pulou para fora do templo para escapar do que o homem de fé estava fazendo. A criatura uivava de dor e caiu como mosca morta. Sevylath não tinha sido cuidadoso com Anryéna, não muito longe dele, e que também está sofrendo os efeitos do exorcismo, ela caiu inconsciente.

A batalha terminou, as criaturas estavam todas mortas, incluindo seu líder. Sevylath recuperou a coroa de cristal. Os outros estavam lá fora, a luta não durou muito tempo, mas foi intenso e muito cansativo. Caminhante de Seiva tomou conta da Anryéna enquanto Malyss questionou a prisão de raios. Ergue tentou caminhar, e não foi muito inteligente da parte dele, porque era muito doloroso. Após o atendimento prestado pelo guardião de Yses, Anryéna recuperou a consciência e se enfureceu contra este ato certamente eficiente, mas imprudente da parte dele. A Filha do Dragão foi, então, interessada no prisioneiro e em sua prisão.

- É esta a Come-Pedras? - Perguntou Anryena ao Caminhante da Seiva.

Este último estava prestes a responder, mas Sevylath interveio.

- Eu não sei o que uma Come-Pedras é, mas essa pessoa é o que eu estou procurando e não é nem mais, nem menos, do que o rei do trovão.

Todos trocaram olhares estranhos, eles não conheciam o Rei Trovão, mas eles estavam prontos a acreditar em seu companheiro ilustre.

- A questão é: como vamos tirá-lo de lá, disse Malyss.

- Não é teúrgia? - Ergue perguntou.

A resposta foi não.

- Neste caso, é mágico e eu posso fazer alguma coisa. - Intercedeu Anryéna que estava determinada a corrigir seu erro.

Feitiços de relâmpagos são muitos e variados. Enquanto estudava na academia de NozDinagrd muito tempo atrás, ela não havia esquecido os princípios aprendidos. Ela caminhou ao redor da prisão e focada na magia. Ela percebeu que relâmpago era violento, de proteção e perigoso. Em seguida, por trás, a pessoa em si, ela tinha um feitiço ativo, um outro feitiço de raios, mas que não tinha o mesmo objetivo.

- Sim! - Ela gritou. - Eu entendo como. Sevylath por favor, venha para o meu lado.

O guardião se aproximou, querendo saber o que esperar da draconiana.

- Você pegará a pessoa quando o feitiço quebrar e, incidentalmente, a mim mesmo se eu cair inconsciente, que pode acontecer. Você é um crente e sabe curar. Eu sugiro que você comece uma teurgia caso aconteça. Eu vou contra raios, com raios.

Com essas palavras Sevylath afastou-se rapidamente para evitar o risco de lesões. Anryéna focada por um longo tempo antes de disparar o raio sobre a prisão. Ela deu todo o seu poder. A prisão tornou-se sobrecarregada, ocorrendo uma explosão mágica naquele momento, liberando o rei do trovão. Sevylath, protegido por sua fé e seu antepassado . Ele se virou bruscamente para ver o status do mago. Ela hesitou, depois de ter esgotado toda a magia dela. O guardião pegou Anryéna antes de ela cair.

Em seguida, o corpo da maga começou a brilhar, uma aura azul brilhante, que se espalhou sobre Sevylath e Rei Trovão. Em seguida, a aura desvaneceu, enquanto as três pessoas que se tornaram transparentes. Finalmente desapareceu, diante dos rostos espantados de seus companheiros. Os três reapareceram na sala do trono Noz'Dingard, Kounok antes, que havia subido com Quimera na mão.

- Mãe? - Ele chorou... [Traduzido por Pkdor]

A Batalha da Pedra - Parte 1

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Sala do trono do palácio de Noz'Dingard.

Kounok viu pessoas aparecem de repente no meio do salão. Pensando em um ataque do Profeta para a apreensão da Quimera, ele puxou para fora da bainha a sua espada e saltou no pé do trono com destreza. Valentin, que estava presente para comunicar ao seu superior, também desembainhou a espada e advertiu o pequeno grupo. Os recém-chegados não pareciam agressivos, muito pelo contrário. Apenas um deles estava consciente, os outros dois estavam inconscientes.

- Draconian paz! Paz! - Sevylath falou ao deixar cair seu fardo no chão. - Eu sou Sevylath protetor de Yses... - acrescentou, enquanto olhava para o seu redor. - Eu não sou seu inimigo - ele disse, colocando o seu martelo para baixo lentamente.

Kounok não entendia o que estava acontecendo, mas ele reconheceu sua mãe deitada no chão.

- O que você fez? - Ele ergueu a voz acusadora.

- Eu não fiz nada, esta senhora acabou de salvar o rei Trovão e de repente desapareceu numa nuvem de luz azul e apareceu aqui.

- Você vai ter que ser mais específico do que isso.

Kounok colocou a Quimera no chão e levou Anryena em seus braços. Ela estava inconsciente, despojado de seus poderes mágicos. Nesses casos, ele não teve outra alternativa senão levá-la para o Dragão. Valentin, ainda surpreendido com os seus clientes e como eles acabaram lá. Foi instala-los confortavelmente.

- Somos prisioneiros?

- Não sei se esse é o seu caso, eu não teria usado esse termo, mas quando alguém aparece de repente no meio de um quarto em Noz'Dingard, com a minha mãe inconsciente, tenho direito de saber mais sobre o que aconteceu! Então, conte sua história para Valentin.

Kounok atravessou as portas do corredor que levava a um pátio muito especial. Foi diretamente ao pé do imponente Dragão pedra azul. Havia um jardim de rosas azuis crescendo no ritmo da natureza. No meio de uma fonte de rosas havia um dragão majestoso. Kounok rapidamente atravessou o pátio, preocupado com sua mãe que ele nunca tinha visto neste estado antes. Quando ele chegou ao pé da pedra, uma forma humana materializou-se na frente dele. Ele era um homem alto que parecia um pouco como Kounok e seu falecido irmão. Vários chifres de cristal estavam saindo de sua cabeça e seus longos cabelos flutuavam ao vento. Sua aparência era quase como um espectro fantasmagórico transparente azul. Kounok pareceu surpreso, em seguida se recompôs e balançou a cabeça como um sinal de respeito.

- Olá Profeta. - disse a aparição.

- Lorde Dragão, eu só queria te ver.

- É por isso que estou aqui. Você ainda é jovem e você esquece que somos relacionados, mais que qualquer outro povo dos Draconis. Você está preocupado com sua mãe, mas não se preocupe ela está bem.

- Como ela está? - Kounok perguntou com uma pitada de ansiedade em sua voz.

- Ela está exausta. Ela usou quase toda a magia dela.

- É por isso que ela voltou para cá, certo?

- Eu amo minha filha, minha única filha. Não vou permitir que nada de ruim aconteça com ela, por isso vou protegê-la da melhor maneira que eu puder. Uma das minhas escamas se encanta de modo que se algum problema ocorre, ou se ela se encontra numa situação em que está vulnerável, ela vem para cá.

- Eu compreendo. E agora?

- Ela precisa de descanso - disse o Dragão, aproximando-se dele.

Ele pegou a menina nos braços e sorriu antes de desaparecer ao Profeta.

Anryena acordou. Seu coração estava batendo forte em seu peito. Toda a sua força voltou com poder do sangue do dragão curando ela. Ao seu redor tudo era azul. Estar no campo de seu pai, tudo o que ela viu foi a partir dele. E justamente quando ela pensou em seu pai, ele apareceu.

- Sua força está de voltando minha filha.

- Pai, eu estou contente de vê-lo. Mas por que estou aqui? Eu tinha muito mais para descobrir.

- Seu retorno é o resultado de suas ações. Você colocou-se em risco ao quase esgotar a sua magia. Lembre-se do que eu lhe disse há muito tempo. Um Guemelite pode morrer sem magia.

- Foi a única solução, eu senti que a pessoa que encontrei poderia ajudar-nos a tornar-se um aliado - disse Anryéna.

- O rei do trovão pode ser uma vantagem nesta guerra. Mas até que ele faça o seu papel, você deve fazer o seu próprio.

Dragão pôs a mão no rosto de sua filha, as memórias muito antigas voltaram. Anryena colocou a mão sobre a dele. Os momentos de cumplicidade entre pai e filha eram raros o suficiente para capturar tanto este ato de amor.

- O que é isso pai? Qual o papel que você quer que eu tenha?

O Dragão pegou a mão dela assumindo um olhar sério e grave.

- Kounok não ocupa o mesmo lugar neste mundo que seu irmão. Desde a morte do último, o Compêndio está passando por uma luta interna que eu não vou tolerar. Eu prometi há muito tempo não interferir nos assuntos dessa ordem, mas infelizmente ninguém pode assumir, você merece tomar o seu lugar.

Anryena parecia espantada, ela conhecia magos e sábios compêndio que tinham capacidade suficiente para a tarefa.

- E Marzhin? Ele é poderoso o suficiente e sábio.

- É verdade que ele é talentoso, mas seu lugar é na Academia de Aprendizagem.

- Há algo que você não está me dizendo - Anryéna respondeu com convicção.

- A guerra começou e você terá que enfrentar adversários com os poderes pouco conhecidos por nós até agora. Você deve executar o Compêndio para restaurar a fé na magia dos Magos e Draconis para se tornar o símbolo de Guem. E meu coração se despedaça de saber que você irá enfrentar em breve o inimigo que fez nossa família sofrer muito...

- Vou assumir esse papel, com o Dragão em mim o que pode acontecer comigo?

- Nesse caso, é o seu trabalho.

Um cetro grande apareceu nas mãos de sua filha com um dragão envolto em cristal. Ela havia sido usada por muitos magos de Draconis. Anryena concentrou-se e em seguida, encontrou-se no sopé da academia de magia de Noz'Dingard.

Anryéna havia ajudado a construir a academia de magia de Noz'Dingard, um lugar de intercâmbio e aprendizagem para todas as pessoas com sensibilidade para a magia arcana. O castelo foi construído em um satélite de jóias com a pedra de coração de Dragão, com vista para a cidade grande. Não foi, para dizer, pelo menos, cerca de quinhentos estudantes dos Draconis e terras distantes, também costumes e práticas de magia de estrangeiros que contribuíram para a melhoria de conhecimentos gerais. Anryena estava diante da grande arca, um artefato mágico que se deve atravessar para entrar na academia. Era fim de tarde e muitos dos formandos estavam deixando o curso para voltar para seus dormitórios, preparando-se para passar alguns momentos para estudar. Os mais novos deles passaram sem reconhecer a arquimaga, mas alguns estudantes foram atraídos pelo Cetro do Dragão. Ela foi para a arca e encontrou-se no átrio da Academia.

O salão é majestoso e imenso que era o eixo central do edifício e não era raro passar por lá várias vezes por dia aqui. Desde que saiu da academia e do Compêndio nada tinha mudado, era sempre as mesmas notáveis tapeçarias e vidro azul magnífico manchado. A luz era suave e encantadora. Os passos da filha do Dragão levaram para o local desejado automaticamente. Ela havia passado pelos corredores, subiu as escadas muitas e através de muitos portais mágicos antes de chegar à sala de reuniões do Compêndio. Dragão havia convocado os mais altos cumes e órgãos da Academia.

Eles foram instalados em um anfiteatro de madeira, os rostos de alguns magos seniores expressavam aborrecimento, outros, pelo contrário pareciam encantados com a nomeação da filha do Dragão como o novo líder do Compêndio e, por extensão, da Academia de magia. O Compêndio foi uma organização que visa a gestão de tudo o que é mágico, seja na pesquisa ou aprendizagem. A Academia se tornou ao longo do tempo a sede da organização. Anryena ficou de frente para a platéia e atingiu o chão três vezes com a ponta de seu cetro.

- Altos magos e magos mestres, rumores terríveis chegaram aos meus ouvidos. - Agitação e indisciplina estava sendo mostradas nas fileiras do Compêndio. - Tudo isso só pode beneficiar os nossos inimigos e destruir o ensino dos nossos aprendizes que precisam de nós e de nossa integridade. Hora de acabar com as brigas, porque agora, eu estou aqui como a Arquimaga do Compêndio.

Os magos se levantaram e aplaudiram seu novo líder, com graus variados de convicção. As coisas eram claras, no distrito não haveria mais caos. Anryena acabou com o barulho, porque ela ainda tinha coisas para dizer.

- Mestre Mago Marzhin, levante-se.

Um homem de trinta anos se levantou, vestindo a farda de professores da academia e também um número de insígnias indicando realizações mágicas, e a invenção de diversas novas magias.

- Eu nomeio você, vice-diretor da Academia de Magia de Noz'Dingard. Era uma função muito importante porque, na ausência do líder do Compêndio ele assumiria a liderança da instituição ilustre. Mais uma vez os aplausos soaram, o mestre-mago curvou-se aceitando a tarefa difícil. Depois de algumas instruções, cada um voltou para sua pequena empresa, os únicos que permaneceram foram Anryena e Marzhin que queria falar sobre determinadas questões.

- Obrigado pela confiança que me deu Lady Anryena.

- Você é uma pessoa de valor incrível aos Draconis, você é um exemplo para nossos alunos.

- O que você disse que me move. Eu vou fazer o meu melhor.

- Eu também tenho um caso de estudo para seus aprendizes do mais alto nível.

O Mestre Mago estava muito interessado.

- Devemos saber sobre os nossos inimigos e adaptar as nossas estratégias. Eu sei que você está melhor colocado para encontrar uma solução. O que você sabe sobre a Teurgia?

Marzhin não esperava que lhe perguntasse sobre isso, mas ele tinha estudado Teurgia e na verdade ele estava bem colocado para falar sobre isso.

- Se estes inimigos são, na verdade sacerdotes e outros fãs de teurgia temos algo para se preocupar. O que proponho é para vir amanhã de manhã, no pátio, para assistir a uma palestra sobre Teurgia e ali com meus alunos ver o que você deseja implementar. Mas só uma pergunta, por que fazer isso com os alunos que ainda não possuem o título de sábios e não com os homens altos? Alguns estão em muito bom nível para discutir essas questões.

- Mas eu estou falando agora com você e eu respeito o que você descreveu. Eu quero ter um novo olhar sobre essa prática e imaginação dos jovens.

- Neste caso, será uma honra para os meus alunos.

- Bem, neste caso até amanhã.

Mas antes que o mago Marzhin pedisse licença, pediu uma última coisa.

- Diga-me, você já ouviu falar do meu filho?

- Pilkim é um jovem que aprende muito no chão, nós enviados de NozDingard estamos felizes em tê-lo com eles. Tenha certeza, ele não vai enfrentar o perigo. E se assim for, ele levará o nome de seu pai e suas habilidades mágicas impressionantes para a sua idade. Prevejo um grande futuro para ele.

O mestre-mago parecia satisfeito em saber que o seu filho estava a salvo.

No dia seguinte, os alunos de Marzhin, tiveram a alegria de estarem em um local normalmente reservado para os pesquisadores Compêndio. Um lugar protegido por magias poderosas e, em princípio, não há risco de colapso devido a um erro mágico. Foram agradavelmente surpreendidos ao ver seu novo gerente e alguns outros vêm como seu professor. O último foi seguido por uma pequena golem carregando uma caixa fechada por uma fechadura. Os alunos subiram para saudar a chegada do pequeno grupo. Alishk e Aerouant, recém-nomeado como membros do Compêndio. Marzhin subiu ao palco.

- Sentem-se por favor.

Os alunos encontraram seus assentos rapidamente para ouvir seu professor.

- Como vocês podem ver, Anryena nos honrou com sua presença para este curso e é acompanhado por dois homens sábios do Compêndio, que não há muito tempo estavam em seus lugares.

O mago Mestre foi para um golem que sempre carregava uma caixa e começou a desbloqueá-la.

- Quem pode me dizer o que é Teurgia?

Várias mãos se levantaram imediatamente.

- Você pode me responder Armand?

Um jovem com cabelo preto desgrenhado levantou-se e limpou a garganta.

- Teurgia é uma forma especial de magia. É praticado pelos sacerdotes e pessoas de fé que afirmam poderes sobrenaturais pela vontade dos deuses.

O menino estava correto.

- É, mas foi apenas uma definição curta, e você sabe a diferença entre a magia tradicional, a que nós praticamos todos aqui, e Teurgia?

A resposta foi imediata.

- Mágica é o poder travado dentro de nós e que podemos chamar ao saber as fórmulas corretas, gestos e encantamentos, enquanto Teurgia é um poder concedido por uma entidade superior. Isto requer o conhecimento das orações e cerimônias com os consentimentos dos Deuses para atender a chamada.

- Excelente! - Marzhin acrescentou, voltando-se para o público. - Quero parabenizá-lo. Assim, a magia é muito diferente da Teurgia em um sentido, mas em ambos os casos você precisa de uma conexão com algo que está dentro de nós ou fora. Nós não somos todos capazes de usar magia ou teurgia, por muitas razões. Neste caso, surge um outro problema diante de nós.

Marzhin levou na mala uma jóia brilhante azul grande.

- Este é um dragão de pedra, alguns de vocês podem ter ouvido falar de um tesouro?

Um aluno com o cabelo loiro levantou a mão muito alta.

- Sim, Lenya? - disse o Mago-Mestre.

- Um Dragão de Pedra é um pedaço da pedra de coração de dragão oferecida pelo nosso Senhor para que possamos usar o seu poder mágico.

- Isso - respondeu o professor, lançando a pedra no ambiente de trabalho. - Assim, podemos usar um poder que não é ... mágica, mas se segue a lógica de Armand então teríamos Teurgos quando usamos a energia externa.

Um estudante interrompeu.

- Mas você esqueceu a entidade superior.

- Sério? Dragão não é uma entidade superior?

- Mas nós não o adoramos - disse outro estudante.

- É verdade que podemos usar as pedras do Dragão sem ter que dirigir a nossa prece para o Dragão.

Anryena estava satisfeita com as respostas dadas, foram justas e sem qualquer hesitação.

- Este curso será individual, vocês me conhecem, nos últimos anos, um pouco mais, e vocês sabem que eu gosto de criar magias. Assim, proponho hoje que olhemos para um problema e que a partir de nossas teorias, que sejamos capazes de dar a nossa Arquimaga uma descrição de um ritual usado sem modificação e aplicável no campo. Vocês estão prontos?

Seus rostos se iluminaram e todos acenaram indicação para Marzhin, afinal, seu tema interessava.

- Até recentemente, teurgia nunca foi um grande negócio na terra de Guem. Se vocês ficarem sabendo um pouco mais sobre os eventos que agitam o mundo, vocês sabem que o povo do deserto é quem tem grande poder teúrgico se levantar contra nós. A nossa magia não se destina a abordar teurgia e em vez disso, parece que os nossos poderes são mais baixos do que o deles. O problema é: Qual a magia que podemos usar para combater eficazmente a teurgia?

De lá, os alunos trabalharam em diversas teorias. Alguns rapidamente foram demitidos, enquanto outros foram retidos e desenvolvidos. O dia passou em alta velocidade, e seus companheiros deixaram Anryena, estudantes e seus professores na concepção do que se tornou um nível ritual. A noite caiu sobre os magos Draconis, os aprendizes não foram afetados todos estavam preocupados, eles foram levados por uma paixão que consome para criar e é só depois que o mestre-mágo, satisfeito, então parou com a sessão. Depois de um dia de descanso, todos, alunos, professores e a Arquimaga foram convidados para uma demonstração do resultado.

Em Noz'Dingard locais de culto eram muito raros, mas uma pessoa concordou em ajudar os magos da Academia. Os alunos apresentaram o seu ritual, fazendo-se. A “cobaia” resolvida no meio do salão para o evento livre de qualquer objeto. Em seguida, um grupo de três estudantes começaram os encantamentos enquanto Marzhin explicou a Anryena, Alishk e Aerouant sobre o princípio.

- Começamos a pesquisa de seu filho e os de Marlok sobre a relação da magia. Os alunos assumiram que entre um padre e seu deus havia uma relação mais forte ou mais fraca como um mago está relacionado com a sua pedra de coração, quando ele tem um. Além disso, estudamos os relatórios da luta recente contra neantista. Deste, os alunos fizeram uma transposição, para que suas teurgias divinas fiquem ineficazes assim não sendo capazes de serem ouvidas as orações e, portanto, isolar os sacerdotes.

Arquimaga assistiu a demonstração com os olhos de seu mago, decifrando cada gesto, cada atitude e cada efeito mágico produzido pelos alunos. A idéia era boa, mas se funcionasse, havia um ponto que ela tinha levantado. Como a maioria dos rituais, houve um mestre de ritual e acólitos. Estes concentram seu poder através da magia lançando eles a transferirem mais poder para o mestre de ritual. Depois de alguns minutos o líder pegou uma pedra e lançou um feitiço do dragão, jogando sua magia. Isto teve o efeito de criar uma esfera de bom tamanho, que abrange quase todo o quarto. O ritual em si foi concluído, mas a magia é mantida, o mestre da magia ritual era para manter o fluxo. Marzhin passou a bola e foi para a "cobaia".

- Como você se sente?

- Estranho, eu me sinto sozinha novamente. O sentimento é estranho.

- Posso? - O mago mestre fez uma rajada de cristal, mirando na manga e esfaqueou o antebraço. Vá em frente, chame a teurgia e cure o meu braço.

O padre rezou e focado o seu deus, como fez em tempos normais. Mas não houve resposta, o teste foi inconclusivo. O mestre de ritual estava exausto, Marzhin, ele acenou com a cabeça para parar a continuação do ritual. O estudante pobre estava exausto, todos estavam exaustos.

Anryena e Aerouant ficaram satisfeitos e contentes com o resultado e como o trabalho de mágicos famosos tinham servido. Alishk foi para ajudar os estudantes e parabenizou-os por seu sucesso. Quando o padre foi, teve o prazer de mais uma vez usar a teurgia e ele cuidou do braço do mestre mágo. Marzhin explicou então o curso exato do ritual, e cada passo. Arquemaga aproveitou a oportunidade para fazer perguntas.

- Como eu entendo que será necessário para manter o ritual e, portanto, a sua duração depende apenas do mestre de ritual?

- Sim, mas nós esperamos que o seu poder, combinado com o de Alishk e Aerouant será suficiente para garantir o comprimento correto neste ritual. Por contras eu tenho que avisá-la, o ritual da pedra impede as pessoas de praticar teurgia, mas ainda será capaz de deixar a bolha e mover-se livremente.

- Temos aliados que assumirão o ataque corpo a corpo.

Anryena olhava o cetro com nostalgia.

- Nós já temos o Dragão de Pedra, continue a carregar tudo no local. Por favor, agradeça aos seus alunos, você pode se orgulhar deles, fizeram um bom trabalho. Você confirma que tenho feito bem ao nomeá-lo para sua nova posição. Além disso, confio-vos a academia, uma vez que você vai entender, eu mesmo vou liderar o ritual da pedra.

- Desejo-lhe sorte nesta luta Lady Anryena.

Compêndio dos Reis Magos passou o dia a preparar o ritual, a fim de se preparar melhor para o dia seguinte, era hora de ir se juntar aos seus aliados. Um portal para os Eltarites florestais foi criado pelo Dragão para não perder tempo porque era precioso. Anryena, Alishk, Aerouant e Kounok então cruzaram a porta e encontraram-se instantaneamente para passeios de um dia de lá.

A borda da floresta estava em silêncio, a névoa da manhã deu um mistério perturbador. O portal surgiu na fronteira com o túmulo dos antepassados e Noz'Dingard saiu. Não demorou muito para que alguns membros do Coração de Seiva fossem ao encontro deles. Após uma troca de informações, os enviados ouviram dizer que os piratas tinham ido em busca de algo importante para eles e que a "corrupção" do túmulo da terra dos ancestrais progrediu lenta mas seguramente. Na outra direção, o ritual da pedra foi apresentado ao Coração de Seiva e Kotoba, as duas grandes corporações que ficaram para enfrentar o inimigo.

As tropas começaram a sua marcha galvanizada pela esperança de uma rápida resolução dos conflitos na pedra caída do céu. Por seu lado, nômades do deserto montaram um acampamento e esperaram pacientemente por um sinal de divindade. A tranquilidade do lugar foi perturbada por Kararine guardando a área que viu o pequeno exército chegar a eles. Este foi o sinal para a batalha e em um curto espaço de tempo, os nômades estavam em formação de batalha, pronto para lutarem com os adversários.

A estratégia de ataque no campo de batalha era a especialidade de Kotoba. Gakyusha tinha rapidamente estabelecido um plano tendo em conta as especificações de cada um. Os guerreiros foram a coluna vertebral, enquanto que aqueles dotados de poder discricionário iriam contornar o inimigo para quebrar o sacerdote que, provavelmente, estaria de volta. Finalmente os magos se posicionaram assim protegendo os Compêndio para o ritual. O Senhor imperial não esperou mais e ordenou o ataque. Anryena, Alishk e Aerouant começaram o ritual. Os dois homens tinham planejado um pouco mais justo antes de usar o ritual em que os cristais foram confinados à magia, tornando-se temporariamente mais forte. A primeira fase do ritual foi bem, e Aerouant e Alishk utilizaram encantamentos, então, o poder foi transferido para Anryena que não esperava receber tanto. Mas o tipo de preparação inventado por aprendizes do Marzhin fizeram maravilhas. Ela, então, acenou com o cetro por tê-la com ambas as mãos e canalizada a magia dentro dela e a fez passar o cetro. Uma bolha de magia apareceu, então cresceu a uma taxa incrível.

Ele logo compreendeu o campo de batalha da pedra que caiu do céu. Iolmarek e seus sacerdotes foram surpreendidos por esta bolha e entendeu o que era quando eles já não eram capazes de curar os guardiões do templo. Isolados do seu Deus, os fiéis de Sol'ra foram rapidamente esmagados e o status de combatentes do deserto não era contra o número de adversários ... [Traduzido por Xoyru]

A Batalha da Pedra - Parte 2

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O sol brilhava intensamente no céu sem nuvens do Deserto Esmeralda. O calor era insuportável a esta hora do dia e os habitantes preferiam andar pelas ruas mais frescas de P’tra. Esta, em outro tempo, era uma cidade próspera e era o centro de um reino hoje desaparecido. Daquela magnífica cidade talhada e esculpida na terra vermelha das Montanhas de Ponant, hoje só sobrou à sombra. Ainda vivia nela um pequeno grupo de famílias que trabalham na criação de joias a base de esmeralda. P’tra era também o domínio de um deus venerado somente neste continente e que tem relação direta com os insetos mais abundantes nesta região: Kehper, o deus escaravelho. Seu templo era um magnífico edifício troglodítico banhado pela luz que passava pela multiplicidade de aberturas em sua fachada. A entrada dava em uma sala imensa com um teto incrivelmente alto. No meio dessa sala, se encontrava a representação humanizada de Kehper, um homem cuja cabeça era a de um escaravelho, de reflexos azulados e que observava fixamente a eternidade. Por toda parte nas paredes, havia pequenos buracos de onde os besouros sagrados iam e vinham. Soraya havia sido escolhida por Kehper a se tornar a sua nova sacerdotisa e a jovem mulher, ainda que não gostasse dos besouros, se sentia honrada de servir um deus. Infelizmente, resignou-se de ver seu povo ir à busca de uma vida menos dura em outras terras. Aquele dia orou para Kehper pedindo ajuda.

- O que fizemos de errado? Provocamos sua fúria? Nosso rio está seco e nosso povo tem fome. Qual o significado de tudo isto? É uma prova, um tanto cruel, a qual tua vontade divina nos submete?

A jovem mulher não esperava uma resposta, Kehper sempre respondia de outra forma. Apenas por sinais e também com a habilidade de controlar os besouros. Mas desta vez, pareceu que suas orações haviam sido ouvidas, mas possivelmente não como esperava.

- Seu povo não fez nada que provocasse a ira dos deuses, sacerdotisa.

Na entrada do templo se encontrava um homem alto. A luz que chegava por detrás dele dava um encanto a sua chegada. Aproximou-se até a sacerdotisa com passos firmes, revelando então seu aspecto. Vestido com uma túnica e com ornamentos que representavam o sol e sua pele era muito escura e queimada. Contrastando com isso, esvoaçavam seus cabelos que eram de uma cor branca como osso. Por fim, e para aumentar o caráter incrível de seu aspecto, duas grandes asas batiam muito lentamente em suas costas. Soraya jamais havia visto em sua vida nada como isto, que era de caráter divino sem sombras de dúvida. Levantou-se e foi de encontro ao visitante.

- Neste caso, diga-me a que devemos toda essa miséria, se isto não é porque os deuses já não olham para nós?

- Deus te olha e teus atos determinam o futuro de seu povo. Sabe quem sou?

Soraya negou com a cabeça. Uma lança banhada de luz apareceu na mão do homem.

- Sou Tsheptès, mensageiro de Sol’Ra, deus dos deuses.

Impressionada e com a certeza que não era mentira, a sacerdotisa se pôs de joelhos para provar a sua submissão.

- Você veio para anunciar o fim de P’tra?

- Não, não estou aqui para isto. Vim trazer a ti a vontade de Kehper, servo de Sol’Ra. Se quiseres salvar seu povo, escute sua voz e obedeça.

- Estou a seu serviço.

- Você deverá encontrar Kehpsoun, o local do nascimento de Kehper e recuperar o Vaso Canopo de sua reencarnação.

Soraya repassou a frase muitas vezes, para tentar compreender bem as implicações da tarefa que lhe pedia. Kehpsoun era um templo, o primeiro dedicado ao Deus Escaravelho. E quanto ao Vaso Canopo, os textos sagrados, escritos nas pedras de arenito no fundo do templo de P’tra, contavam os seguintes fatos:

"Foi no tempo da guerra dos deuses, onde foi oferecida a escolha aos seres divinos: render-se ou morrer. Kehper viu ali uma oportunidade para estabelecer, definitivamente, um panteão estável, com um deus capaz de impor ordem nas suas filas.

Mas muitos dos outros deuses e deusas não viram isso da mesma maneira, e assim foi como a guerra estourou contra os fiéis de Sol’Ra. Os deuses decidiram tomar forma humana. Numerosas foram as batalhas e muitas encarnações foram vencidas. A encarnação de Kehper pereceu enfrentando Ayepth deus do mal e esposo de Ptol’a. Seu corpo foi devolvido a Kehpsoun. Então, Sol’Ra o homenageou. Seu corpo foi embalsamado e enterrado em uma tumba. O vaso que continha uma parte de sua força divina foi enterrado no templo. Foi dito que Ayepth enterrou com vida os sacerdotes de Kehper, em Kehpsoun, cobrindo o local com areia por toda a eternidade."

- Ninguém jamais encontrou Kepsoun e ...

- Você duvida demais de si mesma! Você tem tudo a seu alcance, olhe, observe, e sobre tudo tenha fé!

A jovem mulher olhou para a direita, e depois à esquerda pensando que tudo se revelaria, mas nada aconteceu. Ficou encantada de poder recuperar o Vaso Canopo de quem venerava, mas a tarefa parecia impossível.

- Não se esqueça de quem você é, Soraya, não esqueça!

Tsheptès deixou a mulher com sua visão divina, outro destino aguardava o Solariano, um destino um tanto incrível...

Soraya, perturbada com esta visita, realizou uma pesquisa minuciosa do templo. Tudo era velho e era difícil para ela encontrar pessoas para manter o templo, havia menos fiéis, menos dinheiro e sobre tudo menos gente qualificada. Havia mais atividade quando ela era pequena e especialmente quando tinham mais sacerdotes. Seu mentor morreu de velhice, cinco anos atrás, o que a tornou a única e última criada de Kehper. O templo era um conjunto de galerias que davam em pequenas salas de oração ou salas de estar, desocupadas em sua imensa maioria. Deu a volta, sentindo o estado ruinoso desta obra arquitetônica. Foi a um antigo lugar de oração, um quarto que foi abandonado, quando começaram a usar a grande sala de oração e que serviu quando o templo foi fundado há muito tempo. De maneira estranha tudo se encontrava em perfeitas condições, tanto as pinturas quanto as paredes. A decoração foi feita com base nas casas dos escaravelhos.

O que chamou a atenção de Soraya foi o número de insetos presentes. Havia escaravelhos de todas as cores e de todos os tamanhos. Caminhavam sobre um altar iluminado por uma abertura em uma das paredes. Ao se aproximar, eles pararam como se observassem os atos da sacerdotisa. Procurou no altar e encontrou no meio, um ídolo de escaravelho em relevo. Já havia vindo aqui, mas não se lembrava de uma escultura qualquer nesse precioso lugar. Os pequenos insetos se afastaram do ídolo, no momento em que ela estendeu sua mão para tocar com as pontas dos dedos a superfície do objeto, em parte coberto com areia. Soprou para dispersar a areia e observou os escaravelhos, que por todos os lados pareciam esperar por algo. O ídolo rompeu a superfície, que se partiu como uma casca de ovo. Certos escaravelhos sagrados passam muito tempo adormecidos nas paredes do templo e o que estava ali despertava de um longo sono. Este era muito maior que a maioria de seus companheiros. A quitina deste escaravelho era verde com um reflexo arco-íris. Soraya colocou a mão diante dele e este subiu com dificuldade.

- Bem, não seria você um Kehperis?

O escaravelho abriu suas asas e voou, a princípio devagar, depois mais rapidamente e acabou parando diante do rosto da jovem mulher.

- Kepehris ak-toun ik.

Soraya compreendeu as palavras do escaravelho, a língua de Kehper. Com exceção de alguns antigos moradores de P’tra e ela, ninguém mais a falava. Estas palavras confirmaram o status da criatura. Os Kehperis acompanhavam ao deus escaravelho quando este ainda caminhava pelas areias quentes do Deserto Esmeralda. Soraya não acreditava no acaso, tudo acontecia com um fim preciso. A aparição de Tsheptès, a missão encomendada e esse Kehperis. Sabia muito bem o que implicava essa descoberta, o laço entre Kehper e seus insetos era poderoso, poderia agora encontrar Kehpsoun.

- Kehperis, é importante encontrar o Vaso Canopo de Kehper, porém pode sentir sua energia?

O escaravelho ficou parado alguns instantes e logo girou no quarto e parou diante do salão.

- Kheks! - O que queria dizer com “siga-me”.

A jovem sacerdotisa apenas teve tempo de pegar alguns equipamentos para realizar a viagem, já que Kehperis se afastava do templo seguido por um grande número de escaravelhos.

A areia quente não deteve Soraya, apesar do cansaço de dois dias de marcha, sua determinação e sua fé foram o motor desta travessia para o oeste. Atravessou uma região onde cortantes rosas de esmeralda haviam se formado pela ação da areia com o passar dos anos. Seus pés sofreram com os cortes e isto lhe tomou mais tempo de viagem. No terceiro dia o ar ficou mais fresco, o oceano não se encontrava muito longe. Nessa mesma tarde, Kehperis parou seu voo e pousou em um morro e começou a cavar, seguido por seus semelhantes. Em pouco tempo, desenterraram uma porta de rocha esculpida por símbolos antigos.

- A entrada de Kehpsoun! - Exclamou. - Garças a ti Kehperis.

Soraya abriu a porta, que para sua surpresa, se abriu sem nenhum problema. Recuou um passo para trás, pois se desprendia deste lugar uma presença funesta. Não se desanimou e depois de ter acendido uma tocha, entrou. A cada passo ouvia pequenos estalos e ao iluminar o chão viu centenas de restos de escaravelhos mortos, cujas cascas eram esmagadas sob seus pés. Avistou um grande salão antes de ver os cadáveres dos antigos sacerdotes de Kehper. Tudo isto a entristeceu e compreendeu por que havia sentido tantas emoções quando ela abriu a porta. Haviam seguido seu mestre, em uma morte, que não podia desejar nem a seu pior inimigo. Progrediu lentamente, olhando com curiosidade a arquitetura incrível que era oferecida. Séculos de história de seu culto foram gravados ali, na pedra branca, na superfície extremamente lisa.

Mas, esta sensação de dor aumentava à medida que sua exploração avançava. Algo a incomodava e percebeu que uma força sombria estava presente ali. Seus pequenos companheiros não se separavam, emitiam um ruído de conchas que se chocavam entre si. De repente, estes últimos se reagruparam diante da sacerdotisa para formar uma parede. Foi salva por milagre, já que um dardo atingiu essa parede, matando alguns escaravelhos. A luz irregular da tocha permitiu discernir uma criatura que se dirigia até ela. Um homem, cujas roupas esfarrapadas eram as de um grande sacerdote de Kehper, avançou até ela com passos vacilantes. Seu aspecto monstruoso chocou. Sua pele estava seca sobre seus ossos e sua cabeça era a de uma serpente.

- Uma maldição de Ayepth! Este imundo!

Os escaravelhos se posicionaram ao redor de Soraya para protegê-la o melhor possível. A reação desta última foi rápida. Muito enfurecido devido ao feitiço que o possuía, o sacerdote atacou e Soraya fez uso da teurgia. O combate entrou em seu clímax, cada golpe realizado pelo sacerdote, ia sendo rebatido pela teurgia ou pelos escaravelhos e Soraya obrigava a criatura a retroceder e sua lentidão jogava contra ele. A velha espada enferrujada pastava com a jovem mulher sem chegar a ferí-la nenhuma vez. A cabeça de serpente gritava loucuras e promessas de uma agonia eterna e de uma morte lenta. Mas, ao contrário da criatura, Soraya tinha com ela a vontade e o apoio de um deus, o que a fazia forte e poderosa. Por sua parte, a criatura estava morta há muito tempo, não sentia pena, raiva ou sofrimento, só devia cumprir com sua sinistra missão: matar a todos os intrusos.

O cansaço dos últimos dias se fez notar na jovem mulher que estava ofegante, seu coração batia acelerado e o adversário ganhava terreno. Diante do perigo, Kehperis abandonou temporariamente o combate para ir atrás do Vaso Canopo tão desejado. Atraído como a um imã, não tardou muito em localizar o objeto. Raspou a areia, se colocou entre as pedras e por fim empurrou o vaso com todas as suas forças com o intuito de derrubá-lo. O Vaso Canopo rodou, girando sobre si mesmo, até que caiu, rompendo a tampa de barro cozido. Uma miríade de pequenos escaravelhos verdes saiu dele e devastaram tudo em seu caminho. Kehperis seguiu aos escaravelhos, que iam ao lugar do combate. Os pequenos escaravelhos submergiram a criatura que foi toda corroída em pouco tempo e da qual sobrou apenas o esqueleto. Soraya caiu de joelhos, curvando-se ante a aparição dos escaravelhos, reconhecendo a presença de Kehper.

- Minha vida te pertence senhor.

Kehperis se pôs diante dela e através de seu intermediário o Deus Escaravelho falou.

- Tua vida é preciosa sacerdotisa. Agradeço-te pela ajuda que me deste. Tudo começará de novo através de ti, este templo agora é seu e P’tra voltará a ser o que um dia já foi. Mas antes disto, terá que lutar uma nova batalha.

- Farei segundo seu desejo.

- Devo regenerar-me e enquanto isso deve fazer uma viagem longa até as terras sem areia. Kehperis vai acompanha-la e quando tiveres reunida com os teus, me reunirei contigo. Compreendeste Soraya?

- Sim senhor.

- Então se ponha a caminho. A fome, a sede, e o cansaço te serão desconhecidos, marcharás dia e noite, nada poderá cortar seu passo, essa é a minha vontade.

A jovem mulher levantou e sem esperar deixou o lugar, seguida por seus companheiros escaravelhos.

Vários dias haviam passado. Soraya ouvia o canto da pedra. A voz lhe pedia “Venha, ajude-me contra os infiéis”. Passou a fronteira da Tumba dos Ancestrais e finalmente a pedra estava à vista. Sentia toda esta energia divina que se estendia desde a pedra, purificando estas terras. Rodeou a pedra e chegou num momento em que os nômades estavam em dificuldade. Uma bolha imensa e mágica englobava a pedra. Kehperis a pediu para não ir até lá. Já era hora de chamar Kehper.

A sacerdotisa agarrou o escaravelho e falava a língua de seus antepassados. Implorava a Kehper que viesse, neste momento e neste lugar para restabelecer a justiça e lutar contra aqueles que queriam matá-los. Apoiou o escaravelho no solo e continuou sua invocação. Alguns Nômades que tinham recuado chegaram naquele momento no lugar onde estava a sacerdotisa. Eram perseguidos por alguns de seus adversários. Compreendendo o que realizava a jovem mulher, seus compatriotas fizeram frente a seus agressores com o fim de protegê-la o melhor possível. Lodir partiu uma lança de âmbar em dois com sua cimitarra, enquanto que a Esfinge, determinada a desempenhar seu papel, não cedeu nem um centímetro de terreno. Os Guardiões do Templo sofreram numerosas feridas, mas se defendiam com unhas e dentes. Esta pedra era deles e de ninguém mais. Ultrapassada em número, a esfinge desmoronou em seu próprio sangue, sua missão estava cumprida já que Kehper apareceu.

Um escaravelho maior que uma casa surgiu em meio a uma tempestade de areia quente. Soraya estava em transe, de pé, sobre as costas do escaravelho. Com um movimento, a encarnação deste deus menor varreu a todos os Hom’Chaï como se fossem nada. Logo o ritual da pedra cessou, deixando no chão os Nômades e a esperança da coalizão de grêmios de uma vitória definitiva. Mas neste jogo de xadrez, Sol’Ra parecia estar um passo a frente. Kehper concedeu a sacerdotisa o direito de usar parte de seu poder divino. Soraya se concentrou, visualizando cada Nômade do Deserto. Uma luz escapou dela e golpeou todos os fiéis de Sol’Ra, curando instantaneamente suas feridas. Anryena e os outros membros do Compendium estavam esgotados. O ritual lhes havia custado muita magia. Tudo havia funcionado bem, os Nômades estavam derrotados.

Mas, um convidado de última hora acabara de colocar tudo “de pernas para o ar” e era impossível para Anryena reativar o ritual, não nestas condições. Os Nômades se organizaram rapidamente e contra-atacaram com velocidade, pegando a coalizão desprevenida. Os membros do Coração de Seiva se retiraram da visão do escaravelho, símbolo da morte para eles. Gakyusha não conseguiu manter suas tropas e perdeu sua estratégia. Os Kotobas reorganizaram suas fileiras, apoiados pelos Enviados de Noz’Dingard ainda em estado de combate. Sua estratégia agora consistia em evitar perdas e procurar abrigo. Depois de uma hora de batalha a coalizão foi rechaçada o mais longe possível da pedra. Para eles a batalha da pedra estava perdida. ’’’[Traduzido por Dmadeiro]’’’

Crônicas de Kotoba: Jian Qiao e Sen'Ryaku

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O resultado da batalha da pedra não era a favor da coligação de guildas. Os Nômades, na presença temporária de uma encarnação divina provaram-se formidáveis. Cada guilda, em seguida, se retirou para sua terra natal para estabelecer uma respectiva análise da derrota e pensar mais antes de suas próximas ações. Por alguma razão desconhecida para eles os Nômades não foram perseguir os fugitivos, mas se mantiveram junto da pedra que caiu do céu. Os Kotobas se encontraram em Okia, a pequena cidade na fronteira do túmulo dos antepassados ​​e do império de Xzia. Gakyusha, ferido em batalha, estava descansando no Senhor Ayao. Os membros restantes dos Kotoba foram recebidos graciosamente na Estalagem da Kirin para o descanso.

Desta vez não houve muito movimento. Moradores movidos pela curiosidade se empilhavam na entrada para ouvir conversas sobre os últimos acontecimentos. Xin havia se afastado dos outros no fundo da sala principal. Amaya, Tsuro, Masamune e Sen'Ryaku conversavam sobre a batalha. Amaya queria imprudentemente dar meia volta e "chutar a bunda" dos Nômades enquanto Masamune e Tsuro concordavam com uma revisão cuidadosa do progresso da batalha para estabelecer uma estratégia adequada. Sen'Ryaku ouviu os argumentos de cada um. Ela tinha dúvidas sobre o futuro desta guerra. Os Nômades foram capazes de invocar seres superiores, equivalentes a o Kami de sua cultura. E o que ela poderia fazer, tentar lutar contra os deuses? Ela compartilhou sua preocupação com os outros causando uma atmosfera fria.

- Não há tempo para ter dúvidas, prima querida!

A voz era forte o suficiente para todo mundo ouvir. Deixando de lado os curiosos, uma jovem vestida de branco e vermelho roupas folgadas entrou na estalagem. Seu relacionamento com Sen'Ryaku era óbvio.

- Bem, não vai dizer olá?

Sen'Ryaku saltou para os braços de sua prima. Ela realmente ficou surpresa ao vê-la aqui.

- Jian! O que você está fazendo aqui? Está muito longe de meu tio.

O rosto de Jian Qiao escureceu de repente.

- Eu vou te dizer tudo, mas por enquanto... - ela disse, olhando primeiro para Tsuro e Masamune - ...eu devo me apresentar ao Senhor Imperial porque eu sou o mais novo membro da Kotoba!

Sen'Ryaku explodiu de alegria e as duas jovens celebraram abertamente.

- O Senhor Imperial está indisponível no momento, mas sendo o seu segundo, você pode falar comigo. - disse Tsuro.

O "Hum Hum" veio de uma voz rouca que interrompeu a troca de cortesias. Atrás de Jian Qiao, na soleira da porta estava um homem vestido como um magistrado, com o sinal do Imperador, o magatama. Em um instante Jian Quiao tinha esquecido completamente que essa pessoa era importante para o Regente Imperial.

- Oh, uh, sim! Ele é o historiador imperial, Sima Qian.

Ao ouvir o nome, Tsuro, Masamune e Xin, se levantaram e inclinaram-se respeitosamente.

- Eu vejo que ainda existem algumas pessoas que se lembram do respeito que deve mostrar a um historiador Imperial - disse ele, olhando para Jian Quiao e sua prima. - Espere até que o Senhor Imperial ouça sobre esta terrível falta de disciplina nas fileiras do Kotoba.

- Honroso Sima Qian, a que se deve a honra da sua visita? - Perguntou Tsuro.

- O regente imperial quer que a história dos membros do Kotoba passe a ser conhecida pelo povo para restaurar a esperança e o desejo. Então eu irei conversar com alguns de vocês para conhecer as suas histórias.

Os membros do Kotoba ficaram um pouco confusos com esta notícia. As duas primas vieram para frente juntas, se oferecendo para serem entrevistadas. Um pouco decepcionado, Sima Qian concordou.

- Bem, já que você vai fazer isso, vamos acabar de uma vez...

O proprietário do estabelecimento arrumou um espaço para que o escritor pudesse se sentir confortável enquanto aguardava Jian Qiao e Sen'Ryaku. As duas mulheres se ajoelharam diante do velho e esperaram pacientemente como a tradição exigia.

- De repente eu encontro vocês duas muito tranqüilas e respeitando as regras de cortesia. Eu acho que receberam um sermão de seu superior. Vocês pertencem à mesma família de acordo com as longas histórias que Jian Qiao me contou, durante nossa jornada até aqui.

O homem parecia um pouco frustrado ao dizer isso.

- Então, eu estou ouvindo.

Jian Qiao pigarreou.

- Nós nascemos na aldeia de Ciam-oi onde nossa família sempre viveu. Ambas nascemos na mesma noite, e durante a lua cheia. Nossos pais são irmãos e eles também nasceram no mesmo dia e seus pais eram e também os seus irmãos. Então, lembrando-se do extraordinário destino de nossa família, nós crescemos juntas. Logo, mostramos habilidades particulares em artes marciais e manuseamento de armas.

Próximo a ela, Sen'Ryaku comentou as palavras de sua prima por expressões faciais, que vão de sorrir ao riso através de um discreto estrabismo intrigado. Sima Qian escreveu tudo, mas escrevia as frases reais de forma romantizada.

- Vá em frente, me conte os seus feitos heróicos.

As duas primas tentavam se lembrar de uma história para contar e Jian Qiao lembrou-se de uma em particular.

- Talvez o ataque dos bandidos da montanha cachorro morto? - Jian Qiao exclamou para sua prima.

- Sim, sim! Você conta muito bem essa história.

A jovem em um salto ficou em pé, a fim de interpretar e apoiar a história.

- Foi um dia de verão, o famoso verão, quando o rio corria perto da nossa aldeia secou por causa do calor. Os nossos anciãos nunca tinham visto tal seca. Agricultura e à pecuária estavam sofrendo e os mais fracos de nossa vila sofriam por causa da fome. Muitos homens haviam deixado a aldeia em busca de comida e água, deixando os velhos, mulheres e crianças. Naquele dia, os bandidos das montanhas do cão morto decidiram vir e roubar nossa vila... Grande erro da parte deles!

Aquelas malditas baratas.... eram cerca de trinta, e armado até os dentes! Eles sabiam que estávamos lá minha prima e eu. Eles foram sido avisados, saiam ou pereçam. Eles riram, e morreram...

Jian Qiao imitava uma cena de luta, usando artes marciais, lutando contra bandidos imaginários. Imitando o barulho de quebrar ossos, esquivando-se de cada golpe. Sen'Ryaku se levantou e começou a fazer o mesmo.

- Já tínhamos conseguido derrubar os vilões quando o ignóbil Thang, cuja reputação na região fez dele o pior ser que vivia na Terra, apareceu, e ele estava furioso. Foi dito que ele poderia matar um homem com um único soco e que sua respiração era a de um dragão.

Sen'ryaku então imitou um cara horrível e pulou sobre Jian Qiao. Uma rápida luta entre duas mulheres jovens aconteceu, e em seguida, Sen'Ryaku fingiu uma derrota, caindo no chão.

- Eles não eram páreo para nós! Assim, os terríveis bandidos da Montanha do Cão Morto foram presos...

As duas meninas aplaudiram sorrindo uma para a outra.

- Bem, bem, isso foi emocionante. O que mais? - Perguntou o cronista.

Desta vez foi Sen'Ryaku quem falou.

- Não, há o fogo na floresta bonsai. Você já ouviu falar sobre isso?

Sima Qian balançou a cabeça enquanto os olhos de Jian Qiao começaram a brilhar de emoção.

- Sim, foi incrível! Minha prima e eu decidimos que já era hora de viver nossas próprias vidas, por isso queria ir para Mérag para encontrar fama e fortuna. Andamos por vários dias, quando o céu foi coberto pela fumaça negra. Movidas pela curiosidade, fomos ver o que era. E era a floresta de bonsai de Mishima Millennium queimando! Você pode imaginar o golpe? Este local místico foi o lar de árvores raras e animais únicos! Perto dali, havia uma aldeia ao lado de um rio. As pessoas estavam aterrorizadas por ver o desastre. Mas tomamos as rédeas da situação. Jian Qiao assegurou o comando mais próximo ao fogo e eu organizei uma grande ralé para desligar esta força da natureza. E nós fizemos isso!

Sen'Ryaku e Jian Qiao se aproximaram sussurrando para Sima Qian.

- Mas estávamos erradas... O fogo não tinha aparecido por si só, ele foi causado, não por qualquer pessoa. Foi Huo, que tinha fugido de sua prisão e voltou disposto a causar o maior dano possível.

Jian Qiao assumiu a narrativa para sua prima.

- Ele estava à procura de inimigos, e ele conseguiu encontrar. Com as mentes que temos, atraímos Huo para o rio no qual o joguei e ele foi destruído. Bem, saímos com muitas queimaduras, disse ela, mostrando seus antebraços recobertos com cicatrizes antigas. Sen'Ryaku fez o mesmo para provar a sua "boa fé".

O cronista imperial permaneceu em silêncio, passeando o seu pincel para a folha com flexibilidade e sensibilidade. Ele não olhou para cima, estando focado em escrever na primeira coluna. Ele não duvidou por um segundo tudo o que aquelas jovens mulheres estavam dizendo sobre esses tais contos heróicos. Sentaram-se novamente, esperando outra pergunta. Sima Qian colocou os óculos na pequena bandeja de madeira em que ele escreveu e assumiu uma expressão divertida.

- Suas histórias são encantadoras, cheias de vida e incríveis. Mas e sobre o caso em Azawi?

Na menor declaração sobre o incidente as primas o olharam, Azawi foi certamente a pior humilhação possível a seus olhos.

- Se possível, não devemos falar sobre isso - Disse Jian Qiao muito envergonhada e, obviamente, tímida.

- Por que você não quer falar sobre isso? Afinal de contas, a missão foi um sucesso.

- Mas a situação não foi nada vantajosa, e existem coisas que devem ser mantidas escondidas do povo para preservar a boa imagem dos membros do Kotoba, não é?

Sen'Ryaku não disse mais nada. Lembrou-se muito bem a missão onde ela e sua prima foram enviadas para extrair informações de um senhor. Nesta ocasião, elas foram obrigadas a se vestir como meninas com cabelo, maquiagem e quimono como a tradição exigia. Seu disfarce foi comprometido quando elas conseguiram a informação e um confronto aconteceu nos jardins da casa do Senhor Azawi, diante de uma platéia de convidados, incluindo o Senhor Gakyusha, que estava supervisionando a missão. Jian Qiao e Sen'Ryaku ficaram um bom tempo lutando duramente em seus vestidos e acabaram ficando seminuas, na frente de todos ...

- Vocês estão certas querendo deixar passar esta história, e tenho a minha dívida com vocês duas. Vocês podem me deixar agora, eu vou terminar a sua história.

As primas não demoraram com orações, alegres por não ter que contar essa história em detalhes.

- Você acha que ele entendeu o que dissemos a ele? - Jian Qiao falou preocupada.

- Em minha opinião, ele ouviu as outras histórias que foram contadas.

- Sim, mas de qualquer maneira, foi divertido... [Traduzido por Henrique Dickel]


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